ENQUANTO em dezenas de cidades os prefeitos se debruçam sobre a questão de vagas em creche, essenciais para auxiliar pais e mães que trabalham fora para complementar o orçamento doméstico, em Mairiporã a falta de vagas, que já soma mais de 700, tem provocado a indignação de quem precisa deixar os filhos em segurança para desempenhar suas atividades profissionais. Em muitos outros casos, dos que procuraram emprego.
A relação com os nomes de crianças que aguardam vagas, relativas ao mês de outubro, ainda não foram publicadas pela Imprensa Oficial, como ocorre mensalmente.
O governo municipal não anunciou, durante todo este ano, a construção de nenhuma unidade para receber crianças, e com isso reduzir a demanda. Também a Secretaria da Educação não emite nenhum comunicado público para explicar a demora na oferta de vagas nas quatro regiões que a Prefeitura definiu: Centro, Terra Preta, Jardim Spada e Parque Petrópolis, em todas as faixas etárias.
Para as mães de crianças que necessitam de creche, o que a Prefeitura está fazendo é descontinuar o atendimento. “Eles pedem para fazer o cadastro e esperar pela chamada. Pelo que vi até agora, é só cadastro e cada vez mais gente na fila de espera, algo angustiante para quem precisa trabalhar”, assinalou uma mãe que reside no Jardim Spada.
A demora da administração municipal em solucionar o problema só contribui para que ele fique ainda maior e a estimativa, pela progressão de crianças que aguardam vaga, é que até o final do ano mais de mil estejam na lista de espera.