Impossível viver sem tomar água, por motivos óbvios. Mas não é incomum nos esquecermos da quantidade que seja mais do que aquela que é suficiente, ou até mesmo substituir a água pura por outro líquido, que pode até ter água, como um suco, mas não é água.
Comecei a tomar bastante água. Não, essa não foi uma ideia espontânea, e sim indicação de uma médica. Quando um profissional fala, parece que a coisa fica mais séria, coloquei na cabeça que iria sim mudar meus hábitos relacionados a água diariamente, e assim o fiz.
Quanto de água cabe dentro de uma garrafa daquelas, de tamanho normal? Meio litro? Mesmo sem saber exatamente, era essa quantidade que tomava nas primeiras horas do dia, entre uma aula e outra. O objetivo era, ao menos, tomar quatro daquelas até o anoitecer.
O fato que eu ignorei quando dei início ao projeto era a quantidade de vezes que eu teria que ir ao banheiro. Nos dias que comecei a tomar água por volta das 8 horas da manhã, às 11 horas já estava prestes a explodir. Sim, parece bobagem, afinal, não poderia ir ao banheiro antes de a vontade apertar extremamente, evitando qualquer tipo de desconforto? Acontece que a água descia sem avisar e quando dava por mim, já estava lá.
No segundo dia, a necessidade surgiu já no segundo gole de água. Algumas pessoas ao meu redor falaram até que poderia ser uma questão psicológica. Seria possível? Ignorei, e continuei bebendo a quantidade exorbitante de água.
Três ou quatro dias depois, a frequência das idas ao banheiro começou a se tornar perturbadora. Parecia que algumas delas não chegavam a ter 30 minutos de diferença. Seria mais fácil passar o dia direto no banheiro.
Enfim, tive que voltar a diminuir a quantidade de água ingerida. Pensando pelo lado positivo, é até bom para economizar a água do planeta, coisa que precisamos mais do que nunca