NÃO são poucos os eleitores que pretendem fazer uso da opção de votar nulo ou branco nas eleições de outubro. Descrentes com a política e dos políticos, essa é uma forma de protesto.
Levantamento feito pelo Correio aponta que a votação nula e em branco, mais as abstenções (não foram votar) cresce a cada eleição em Mairiporã. Saltou de 7.873 para 15.177 entre as eleições municipais de 2004 e 2012, crescimento de 92,7%.
Votar branco ou nulo nunca é saudável para a cidade. O eleitor deve analisar os candidatos e escolher um representante.
Existe até campanha em nível nacional incentivando o voto nulo, como estratégia para anular a eleição. Entretanto, pela legislação eleitoral, esses dois tipos de votos são excluídos da totalização dos resultados, ou seja, não provocam nenhum efeito, seja positivo ou negativo.
Direitos – Especialistas em administração pública afirmam que, apesar de o eleitor votar nulo ou branco, ele não perde o direito de reclamar. “Ele apenas não quis votar entre as opções de candidatos disponíveis. Mas ele têm o direito, sim, de reclamar porque paga seus impostos municipais para usufruir dos serviços públicos”, dizem.
Outra preocupação dos candidatos é com relação ao não comparecimento do eleitor para votar. Em 2004 os ausentes somaram 5.317. Oito anos depois esse contingente saltou para 9.833, crescimento de 84,9%, e foi ainda maior nas eleições de 2014, quando foram escolhidos governadores e presidente da República.
Para boa parte do eleitorado, a perda de confiança nos políticos fala mais alto. Muitos dizem não ter confiança e esperança em ningué, principalmente depois dos escândalos recentes. Há aqueles que foram mais contundentes, ao afirmar que o povo vota e dá aval para que os políticos nos roubarem.
Fonte: acidadeon