Por oito votos contra quatro, o prefeito Antônio Aiacyda conseguiu convencer a maioria dos vereadores a aprovar uma operação de crédito junto à Caixa Federal no valor de R$ 10 milhões, para pavimentação de ruas.
No projeto não constaram a forma de pagamento, os juros incidentes, o prazo para amortização e quais as vias que serão beneficiadas. A discussão foi intensa em plenário, porém prevaleceu ‘a força’ do Executivo.
Depois de encerrada a sessão, informações de que o empréstimo custaria aos cofres municipais R$ 125 mil por mês, e que a carência é de 24 meses, ou seja, o próximo prefeito herdará a dívida, circularam pelo plenário. No ano passado os vereadores já tinham aprovado outro empréstimo, de R$ 5 milhões.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito deu informações de forma genérica sobre a pavimentação e afirmou que serão mais ou menos 10 quilômetros de asfalto. Em conta rápida, várias segmentos da sociedade demonstraram preocupação, pois cada quilômetro vai ter um custo de R$ 1 milhão.
Parecer – O projeto foi votado em regime de urgência, como convinha ao prefeito e à sua tropa de choque formada por 8 vereadores. Nomeado como relator, ainda durante a sessão, Doriedson de Freitas deu parecer contrário à aprovação, pois faltavam muitas informações. O vereador questionou todos os demais a fornecer qualquer dado que fosse que não constava na proposta, e o silêncio foi constrangedor.
Ainda assim os vereadores C. A. Forti, Valdeci América, Tonhé, Marco Antônio, Alexandre Boava, M. A. E. de Oliveira, Chinão e Nil Dantas votaram pela aprovação.
Nos meios políticos o empréstimo é considerado eleitoreiro, uma forma do governo municipal tentar reverter o péssimo conceito que goza junto à população.