FRASE
“Mesmo no caso da esperança ser muito pequena, não tenho o direito de não usar as minhas possibilidades”. (Franz Kafka, escritor tcheco)
INTERESSE
O retorno dos vereadores às sessões legislativas, em fevereiro, poderia ser marcado pelo interesse sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores municipais, que aguardam há mais de 20 anos essa legislação específica, e que em todo esse tempo recebe salários indecentes e se aposentam em condições de miserabilidade. Se o prefeito não tem interesse, e não tem, nunca teve e nem nunca vai ter, e o sindicato dos funcionários também não, que os vereadores façam a sua parte. Se nada for feito e os prefeitos que assumem o Palácio Tibiriçá seguirem contratando apadrinhados políticos à tripa-forra, há grande risco da Prefeitura estourar o Orçamento daqui alguns anos (como vai acontecer com as transferências à Previdência Municipal), mesmo com salários baixos dos servidores de carreira.
EXPECTATIVA
Com a saída de Marco Antônio (PSDB) da presidência da Câmara a expectativa é quanto aos pareceres de suas contas, relativas a 2017 e 2018, de responsabilidade do Tribunal de Contas do Estado. Os antecessores do tucano foram todos reprovados e estão inelegíveis, mesmo alguns ainda com recursos. A saga começou em 2009/2010 com Valdecir Bueno; em 2011/2012 com Eduardo Pereira dos Santos; 2013/2014 com Éssio Minozzi Júnior e 2015/2016 com Marcinho da Serra. Não demora e o TCE divulga os resultados.
DIFICULDADES
Vozes nos corredores do Paço apontam para as sérias dificuldades que o prefeito vai ter a partir de fevereiro. Derrotado na eleição da presidência do Legislativo viu um grupo de descontentes dobrar de tamanho no apagar das luzes de 2018. “O prefeito vai ter que rebolar de agora em diante”, assinalou um dos edis. Tomara que a profecia se cumpra.
COLETA
Algumas regiões da cidade apresentam problemas na coleta de lixo e a Prefeitura se finge de morta. Os moradores de vários bairros estão indignados com a situação, pois a prestação do serviço é falha, mas a cobrança da taxa de lixo, por sinal exorbitante, é feita com eficiência ímpar. As reclamações de falta de coleta em dias e horários marcados vêm ocorrendo constantemente desde o final do ano passado. Ou seja, a administração municipal não consegue fazer nem o básico.
TUDO COMO ESTÁ
Pessoas próximas ao gabinete do prefeito afirmam que ele não irá promover alterações no primeiro escalão. Pelo menos não por enquanto. Isso equivale a dizer que o alcaide está satisfeito com a equipe que escolheu, embora a maioria não tenha realizado bom trabalho nos primeiros dois anos. Mas pelo menos não repete o que fez em seu primeiro mandato, quando instalou um verdadeiro BBB na Prefeitura, com o envio de secretários semanalmente ao paredão. Gaiato, nosso insuperável guru, diz que a maioria do primeiro escalão, diante dos polpudos vencimentos, prefere morrer abraçada a ele se o barco for a pique.
CANETADA (I)
O governador João Dória canetou todos os decretos assinados pelo seu antecessor. Nesse pacote, a instalação do AME em Mairiporã foi para o espaço, o que convenhamos, era esperado, diante da ‘esperteza’ de Aiacyda em apoiar Márcio França. Outras cidades também tiveram ações paralisadas pelo mesmo motivo.
CANETADA (II)
Ainda por conta da péssima escolha do prefeito: se Dória tem como prioridade a segurança, por aqui vamos seguir na mesma toada, pois se depender do Estado para melhorar o setor estamos todos fritos, já que Aiacyda é ‘persona non grata’ no ninho tucano.
À DEDO
A formação das comissões permanentes da Câmara, segundo vozes vindas dos altos do Palácio Tibiriçá, vai contar com escolhas estratégicas, principalmente naquelas de maior importância. Tudo dentro do acordo que elegeu Ricardo Barbosa para a presidência. Os rumores nesse sentido são fortes.
SÓ TRÊS
Neste século, ou seja, a partir do ano 2000, apenas três vereadores chegaram à presidência da Câmara como marinheiros de primeira viagem, ou seja, no mais alto posto logo na legislatura de estreia: Rui Marcelo de Freitas, Abdul Karim Nagib Moussa e Ricardo Messias Barbosa. Os outros já eram p…. velhas.
REAJUSTE (I)
A história é antiga e serviu de enredo a cada um dos últimos 30 anos. Mas os interessados querem saber: quanto tempo vai durar agora em 2019 a novela do reajuste salarial dos servidores? Sim, porque aumento real, nem nos mais remotos sonhos. A data-base era fevereiro, mas quando o atual burgomestre assumiu, parece que mudou para março ou abril. De acordo com a vontade dele. Se repassada apenas inflação registrada no ano passado, o servidor municipal vai conseguir comprar, como diziam os antigos, uma reles mariola.
REAJUSTE (II)
Diferentemente do que ocorre na maioria dos municípios, em que o Sindicato dos servidores e a administração pública se reúnem para discutir uma nova convenção de trabalho, em Mairiporã o ‘modus operandi’ é outro: recadinhos e comunicados de boca, nem bilhetinhos.
SESSÕES
Dezenas de cidades paulistas, a cada ano, mudam os horários de suas sessões. Ao invés da noite, que foi feita para o descanso da população, realizam os trabalhos à tarde. Em Mairiporã, cuja mentalidade da maioria dos políticos é tacanha, as sessões são à noite, pois quem paga horas extras de funcionários, cafezinho, água e contas de telefone e luz, é o povo. Como o comando da Câmara mudou, que tal otimizar a utilização dos recursos materiais e humanos?