(os bastidores da politica local)
Vai pro pau?
Tudo indica que a escolha do próximo presidente da Câmara vai mesmo pro pau! Dois Ricardos estão na disputa. O primeiro, curiosamente, segundo conversas de bastidores, é do partido do prefeito e não teria o apoio dele. Já o outro, filiado à outra agremiação, mas adesista até a raiz dos cabelos, detém a simpatia do burgomestre. Situação bem ao estilo tucano de ser, ou seja, o prefeito, mesmo inclinado ao Ricardo oriental, mostra o velho estilo de ficar em cima do muro. Pelo visto pretende praticar o verbo ‘intisicar’ em toda a sua extensão.
Vítima de perseguição
O prefeito de Mairiporã sempre reclama que este hebdomadário lhe faz perseguição política sem tréguas. Não é verdade. Sua Excelência é que produz farto material para análise não só da imprensa, mas especialmente de significativa parcela da sociedade organizada. Exceção feita à tribo que vive de carguinhos no serviço público, convenientemente surda, cega e muda. Esse quadro não vai mudar de uma hora para outra. Dentre a enxurrada de problemas, e sem querer ser adivinho, alguém já reparou detalhadamente a qualidade do asfalto colocado nas mais de 30 ruas anunciadas com fogos e banda de música? Como foi feito não vai durar 90 dias. Essa mania de perseguição do prefeito é coisa que colocaram em sua cabeça.
Depois do naufrágio
O alcaide saiu das eleições de outubro mais cambaleante do que quando entrou. Sua opção para governador naufragou de forma estrepitosa, e chamou a atenção até mesmo do alto escalão tucano. Ninguém fala, mas há quem garanta que o burgomestre está fora do ninho. E aí vem a pergunta que não quer calar: o AME vai mesmo ser instalado no prédio do Hospital Anjo Gabriel? Sim, porque a promessa foi feita pelo candidato a governador derrotado. Como o burgomestre não goza da simpatia de João Dória, as interpretações são as mais diversas.
Até que um dia a casa cai
O Centro Educacional da cidade é uma daquelas histórias que se contar ninguém põe fé. A mais recente é a queda de parte do forro do Auditório Fábio Taneno, ocorrida durante uma solenidade estudantil e que assustou muita gente. Instalações caírem não é novidade. Desde que foi construído, o local é um imã de problemas e um saco sem fundo de dinheiro dos impostos pagos pelos contribuintes. Gastaram-se milhões num edifício eivado de vícios e erros desde as obras de fundação. Se a Justiça não fosse lenta, muita gente já teria sido condenada pelas ações perpetradas naquele próprio municipal. O ditado de que pau que nasce torto morre torto é um exemplo perfeito para o Centro Educacional. O que se vislumbra, infelizmente, é que mais problemas virão por aí. Também não se pode ocultar que esse processo atinge diretamente a imagem do secretário de Obras, que segundo fontes do Paço Municipal, pretende ser candidato a prefeito em 2020. Nesse compasso, pode esquecer! (Charge tirada do Blog Conversa Afiada)
As barbas de molho
Por falar em eleições de 2020, muita conversa sobre a sucessão do burgomestre, especialmente nos corredores do Palácio Tibiriçá (andares de baixo e de cima). Uma das conversas mais ouvidas é que se Aiacyda não tentar a reeleição, pretende lançar o filho e, de quebra, colocar o vereador Chinão como parceiro de chapa, que traduzido para o bom português significa vice. Como as gestões do atual burgomestre se especializaram em defenestrar os vices, alguns dos quais ficaram até impedidos de ingressar no prédio da Prefeitura, é bom Chinão colocar as barbas de molho, embora não as tenha.
República de Franco da Rocha
Na oposição ao prefeito está o ex-vereador Aladim, que até foi bem na disputa de deputados federais. O jovem tem dito à exaustão que não procedem as informações de que teria apoio do ex-secretário do governo Pampuri, Marcelo Nega, em 2020. Segundo ele, isso não passa de intriga da situação. Aladim não quer ouvir falar em ‘República de Franco da Rocha’. Sua parceria nos últimos dois anos com aquela cidade não foi com o ex-secretário de governo, mas com a Prefeitura, ao ocupar um cargo no Cimbaju.
A ‘indecência’ acabou
Vereadores com muito tempo de assento na Câmara vão passar apertados em 2020. Aquela ‘indecência’ chamada coligação partidária, acabou! E tem gente sem dormir há um bom tempo, alguns fazendo uso constante de soníferos. Arrumar candidatos para servir de escada será trabalho indigesto. A enxurrada de postulantes que se inscreve por pequenos partidos vai desaparecer como num passe de mágica. Uma engenharia e tanto para quem pretende ou permanecer, ou conquistar uma cadeira legislativa.
À espera do milagre
Alguns ‘eternos’ candidatos a vereador, que possuem no currículo entre 3 e 4 derrotas eleitorais seguidas prometem não desistir. Esse pessoal é insistente. Mesmo com as barreiras impostas pela proibição de coligações, sonham com a vitória. Quem pesquisar os quatro ou cinco últimos pleitos (16 a 20 anos) vai constatar que nomes carimbados em disputa eleitoral já poderiam ter ingressado com pedidos de aposentadoria no INSS se tivessem no mercado formal de trabalho, período em que ficaram à espera pelo milagre da boquinha.
Tambor e fumaça
Os moradores de Terra Preta que dependem dos serviços públicos oferecidos pelos Correios têm duas opções: percorrer 8 quilômetros entre o distrito e Mairiporã, até a agência central, ou fazer uso de velhos instrumentos de comunicação, como batidas de tambor, sinais de fumaça e até gritaria. Se ficarem na dependência da promessa feita em 2016, pelo então presidente da Câmara, Marcinho da Serra, que estipulou a reabertura para aquele mesmo ano, a ordem é esquecer. O posto foi fechado em 2009 no governo do atual burgomestre e dificilmente vai ser reaberto. Ou seja, mais uma daquelas promessas para constar da série “acredite se quiser”.
A foto do fato
Pelo menos no que diz respeito à Imprensa Oficial, a abertura da I Edição do Mairiporã Music Fest foi um sucesso retumbante, com a presença de centenas de pessoas. A publicação, no entanto, não trouxe nenhuma foto da ‘tal centena’, o que causou surpresa. Como não se viu a foto, se alguém a tiver com as centenas de pessoas, favor enviar ao blog.
Tomara que não caia
O burgomestre fez publicar, na mesma edição da Imprensa Oficial, edital de licitação para reformar o Ginásio de Esportes Sarkisão. Diz ainda que é para atender as necessidades da Secretaria de Esportes, cujo titular é um técnico… em contabilidade. A escolha da empresa que será responsável pela obra, e que antes mesmo de ser escolhida já recebe muitas orações de toda a cidade para que depois de pronta não caia, vai acontecer no dia 11 de dezembro.
Só pode ser gozação
O burgomestre Aiacyda sancionou lei em que os procedimentos administrativos realizados pela Prefeitura (administrações direta e indireta), em que figurem como requerentes pessoas com idade igual ou superior a 60 anos terão prioridade na tramitação. É a famosa burocracia, que na Prefeitura local é praticada com extrema competência. Agora vem o inacreditável: Na hipótese do requerente com idade igual ou superior a 60 anos comprovar ser portador de moléstia grave, deverá a Prefeitura concluir o processo administrativo no prazo máximo de 180 dias! Incríveis seis meses. Fica a torcida para que os requerentes não tenham falecido antes de saber o resultado daquilo que pleitearam. Se isso não for gozação, a coisa está pior do que se imagina.
Peça de ficção
Alguns vereadores criticam o projeto de lei do Orçamento 2019 que ainda não foi votado. As transposições feitas este ano, em número acima do esperado, revelam que a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2019, com a continuidade das transposições e dos remanejamentos, é uma peça decorativa, um documento ficcional. A crítica é pertinente, mas difícil acreditar que vão votar contra o projeto. Quem viver verá!
Passar a sacolinha
Os mais de 100 funcionários que conseguiram ‘boquinha’ no governo do burgomestre Aiacyda, conhecidos pela alcunha de ‘comissionados’, estão recebendo sacolinhas que deverão ser devolvidas ‘cheias até a boca’ com brinquedos, roupas e calçados, que a Secretaria de Desenvolvimento Social vai entregar às famílias cadastradas na pasta, como presentes de Natal. É de emocionar até estátua. Mas nada que seja estranho aos comissionados, acostumados que estão em partilhar outras coisas.
Cemitério e desistentes
Não demora e Mairiporã vai ser conhecida com a cidade “Cemitério dos Automóveis”, tamanho o número de veículos abandonados pelas ruas. Semanalmente a Imprensa Oficial do Município divulga uma quantidade assustadora de notificação aos proprietários. De janeiro de 2017 até esta data, brincando já foram mais de 500. Outro título que poderá ostentar é o de “Cidade dos Desistentes”. Os interessados em trabalhar no serviço público municipal, que passam nos concursos e desistem logo em seguida, é algo que merece profunda reflexão. Com um dos piores salários do País, certamente reside aí o principal ‘empurrãozinho’ que leva ao declínio das convocações.