As Agências Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) divulgaram que o Sistema Cantareira, principal conjunto de reservatórios que abastece a Região Metropolitana de São Paulo, registrou 19,86% de seu volume útil no último domingo (7), ficando abaixo do limite de 20% definido pela Faixa 4 – Restrição da Resolução Conjunta ANA/DAEE nº 925/2017. Caso o armazenamento se mantenha abaixo desse patamar na virada de dezembro para janeiro, o sistema entrará na Faixa 5 – Especial, a mais crítica prevista na norma.
Se confirmada, será a primeira vez que o Cantareira operará nesta faixa desde a publicação da resolução, que estabelece regras para aumentar a segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo.
A resolução define cinco faixas de operação que variam conforme o volume armazenado ao final de cada mês. Na Faixa 1, chamada Normal, com volume útil igual ou maior a 60%, o limite de retirada é de 33 metros cúbicos por segundo (m³/s). À medida que o nível baixa, esse limite é reduzido: 31 m³/s na Faixa 2 (Atenção, igual ou maior 40% e menor 60%), 27 m³/s na Faixa 3 (Alerta, igual ou maior 30% e menor 40%) e 23 m³/s na Faixa 4 (Restrição, igual ou maior 20% e menor 30%). A Faixa 5 – Especial, ativada quando o volume fica abaixo de 20%, é a mais rigorosa, com limite de retirada de 15,5 m³/s.
Caso o sistema entre nessa faixa em janeiro de 2026, a Sabesp poderá, mediante avaliação da segurança hídrica e autorização da ANA e SP Águas, continuar utilizando também a vazão transposta do reservatório da Usina Hidrelétrica Jaguari, cuja outorga permite o uso adicional de até 8,5 m³/s.
Desde segunda-feira (8) o volume útil do Cantareira se manteve em queda, atingindo 19,66%. (Salvador José/CJ/Com informações da ANA / Foto: Raylton Alves/ANA)