O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR) de 2025 – que mede avanços e desafios a serem enfrentados pelos municípios brasileiros para erradicar a pobreza e proteger o planeta – revela uma melhora na média do país que, este ano, subiu para 49,9 pontos em uma escala de zero a 100.
O número ainda deixa o país em uma classificação baixa, mas revela uma melhoria em relação a 2024, quando a média era de 46,7.
“Isso é uma grande notícia para o país. Onde vivem 90% da população brasileira nós estamos conseguindo ter uma inflexão, pela primeira vez em dez anos. Isso não significa que não tenha cidades que melhoraram nesse período de dez anos, mas na média”, destaca Jorge Abrahão, diretor-presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, durante divulgação do índice, nesta quarta-feira (15), em Brasília.
O índice é contabilizado a partir de 100 indicadores nacionais para o acompanhamento da evolução dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A partir dessa medição, os municípios são classificados em cinco níveis: muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto.
Objetivos – Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são parte de um plano de ação criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com metas que buscam a erradicação da pobreza, proteger o meio ambiente e garantir a segurança climática em uma Agenda 2030.
Mairiporã – A cidade apresentou evolução do índice, passando de 49,77 no ano passado, para 50,00 na pontuação geral no ano em curso, que a colocou na 2.876ª posição, com nível de desenvolvimento sustentável médio, dentre mais de 5 mil municípios.
Mairiporã foi avaliada com 1 indicador de nível muito alto (Energias renováveis e acessíveis); 4 indicadores considerados de nível alto (Saúde de qualidade; Água potável e saneamento; Ação climática e Proteção à vida terrestre); 4 em nível médio (Educação de qualidade; Erradicação da Pobreza; Cidade e comunidade sustentáveis e Paz, Justiça e instituições eficazes).
Quatro objetivos foram classificados como baixo (Erradicação da fome; Igualdade de gênero; Trabalho digno e crescimento econômico e Redução das desigualdades). E três muito baixo (Indústria, inovação e infraestruturas; Parcerias para implementação dos objetivos e Produção e consumo sustentáveis).
Após a apresentação do IDSC-BR, o Instituto Cidades Sustentáveis lançou um chamado para o enfrentamento da emergência climática, perda de biodiversidade e desigualdades sociais no Brasil. (Salvador José/Com Agência Brasil – Foto: Divulgação)