FRASE
“Tá feliz? Guenta firme que daqui a pouco passa.” (Tati Bernardi é publicitária, contista, romancista, cronista, crítica literária, podcaster e roteirista brasileira)
FARRA DOS TÍTULOS
Na falta de coisa melhor, os vereadores fizeram constar do Expediente da Câmara, nas sessões ordinárias das terças-feiras (16 e 23), dezesseis projetos de lei concedendo títulos de cidadania a ‘ilustres’ desconhecidos, que vão se tornar ‘cidadãos mairiporanenses’ depois de aprovados em plenário. A farra da distribuição daquela que um dia foi a principal honraria do município, avançou com força total a partir dos anos 1990, quando o que deveria ter como foco a meritocracia, virou arma política para a conquista de votos. Desde então, tem de tudo um pouco: desconhecidos, políticos que nem sabem onde fica Mairiporã, amigos, líderes religiosos (padres e pastores), o padeiro da esquina, o quitandeiro do bairro, o médico que curou algum membro da família do proponente e muitos picaretas travestidos de cabos eleitorais. Esculhambação total! Nessa toada, até as eleições de 2028, teremos uma enxurrada de pergaminhos entregues visando a barganha de votos. Para aqueles que um dia, merecidamente, receberam o título por contribuição com o progresso do município, a honraria hoje virou símbolo de descrédito, uma agressão àquilo que motivou a sua criação. O povo paga subsídio de vereador para assistir a concessão de títulos de cidadania? Por outro lado, a pergunta: os vereadores/autores dos projetos têm culpa? Nenhuma! A culpa é de quem os elegeu.
MUDAR O FOCO
Em se tratando do parlamento municipal, parece que nunca nada vai mudar. Os vereadores insistem em gastar a maior parte do tempo com repetitivas e nunca atendidas indicações, requerimentos, moções, enfim, a baboseira que ocupa espaço e lugar de leis que poderiam ajudar a cidade em diferentes setores, além de debates sobre questões importantes para a coletividade mairiporanense. Em meio a isso tudo, há momentos absurdos, como a transformação do Calendário Oficial do Município em repositório de piadas de mau gosto, com pérolas fruto da ignorância e primariedade de seus autores e, o título de cidadania, em verdadeira ‘ação entre amigos’. O parlamento municipal não pode seguir como se estivesse na metade do século passado. E suas excelências, os vereadores, precisam justificar de modo satisfatório os polpudos salários que recebem.
RANKINGS (I)
Mairiporã tem se saído bem nos estudos dos mais diversos realizados por empresas que avaliam o comportamento das finanças, da sustentabilidade, da competitividade e até mesmo da gestão fiscal. A posição nos rankings divulgados anualmente mostra que desde o primeiro mandato do prefeito Aladim o desenvolvimento observado extrapola qualquer projeção que tenha sido feita anteriormente ao início de seus mandatos. Também não se pode ignorar o excelente trabalho da competente secretária da Fazenda, Silvana Francinete da Silva em todo esse processo de avaliação.
RANKINGS (II)
Quem tomou conhecimento de alguns desses rankings observa que, anteriormente a 2021, a cidade caminhava a passos de tartaruga rumo ao futuro, com governanças quase que amadoras, fruto da politicagem que ocupou o espaço de protagonista que deveria ser da gestão pública. Poucos foram os prefeitos que, ao invés de chefiar o Executivo, apenas administravam a folha de pagamento da Municipalidade.
UNIÃO
Mairiporã é uma das poucas cidades em que o prefeito tem vontade de trabalhar na busca de recursos de outras esferas, já que o Orçamento do Município não faz milagres. E nada como ter resultados positivos, fruto da união com deputados que, nos últimos quatro anos, se mostraram fieis aos compromissos assumidos com a cidade. Enquanto outros lamentam que seus prefeitos passem a maior parte do tempo sentados em gabinetes refrigerados de suas cidades, os mairiporanenses têm muito que comemorar quando o prefeito entende que unir esforços é a saída para o sucesso.
LOA
O prefeito Aladim e a secretária da Fazenda, Silvana Francinete da Silva, entregam até terça-feira (30), o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima receitas e despesas do município para o exercício fiscal de 2026. Os senhores edis têm até a última sessão de dezembro para levá-lo a votação em plenário.
RESTRIÇÃO
Com a falta de chuva e o consumo em larga escala, o fornecimento de água por parte da Sabesp vai ficar ainda mais restrito, segundo anunciou esta semana a Agência Nacional de Águas (ANA). Com apenas 29% de sua capacidade operando, a luta agora é para evitar que o chamado ‘volume morto’ seja atingido. O volume total de água hoje é de pouco mais de 200 milhões de metros cúbicos, enquanto em igual período do ano passado, era mais que o dobro. Com ou sem economia, o que se vislumbra é falta de água na torneira do consumidor.
EDITORIAL
Ao lado desta coluna, o Editorial merece ser lido atentamente, um texto primoroso que mostra a verdadeira cara de um País desigual e um governo afeito apenas a slogans que escondem a realidade de um povo que segue vítima de políticos que vivem às custas do Estado.