O mercado consumidor de Mairiporã tem potencial para movimentar durante todo este ano R$ 4,21 bilhões, segundo estudo do IPC Maps 2025, divulgado pela IPC Marketing e Editora, que anualmente estima o poder de compra das populações de todas as cidades brasileiras. A previsão para este ano é 4,7% maior na comparação com o ano passado, porém menor que a de 2023 para 2024, quando a projeção foi de um aumento de 6,7%. É a menor alta dos últimos cinco anos.
Com os números deste ano, Mairiporã caiu no ranking nacional da 290ª posição para a 305ª, e queda também em nível estadual, no Estado, indo da 86ª para a 88ª colocação.
De acordo com o diretor do Instituto, Marcos Pazzini, o Brasil passa por bom momento econômico, com aumento do número de empregados com carteira assinada e respectiva diminuição na quantidade de MEIs dentre as empresas, mas este impacto positivo não foi suficiente para a perda ou manutenção do poder de compra da população em relação a 2024. Ainda de acordo com ele, o que define os valores de potencial de consumo é a quantidade de domicílios por classe econômica. Quanto maior o número de lares pertencentes às mais abastadas, maior é a capacidade de compras.
Em Mairiporã as mudanças nesse sentido foram mínimas na soma das quatro classes: 30.978 domicílios urbanos neste ano e 30.702 no ano passado.
Classes – Segundo o estudo, o consumo estimado das quatro classes sociais são: ‘Classe B’ (R$ 1.558.622.981,00), ‘Classe C’ R$ 1.264.788.267,00), ‘Classe A’ (R$ 713.213.780,00) e ‘Classe D’ (R$ 299.977.128,00). No ano passado, as classes ‘A e B’ consumiram mais que o previsto para o ano em curso.
O consumo rural no município passou de R$ 268.502.201,00 para R$ 382.604.582,00 neste ano.
A Classe A vai responder por 18,6% (foi de 20,1% em 2024), de tudo o que for consumido, a Classe B, por (40,6% (43,9% no ano passado), a Classe C por 33% (28,8% nos doze meses do ano anterior) e a D/E por 7,8%, ante 7,2% no levantamento do ano passado.
O consumo per capita tem duas variantes: o urbano, com viés de baixa, passando de R$ 43.723,65 para R$ 43.320,11, enquanto o rural aumenta de R$ 26.085,90 para R$ 39.701,63.
Categorias – Do total previsto de R$ 4,21 bilhões, os mairiporanenses vão gastar mais com a manutenção do lar (R$ 1,08 bilhão); veículo próprio (R$ 416,3 milhões); alimentação no domicílio (R$ 318,8 milhões); alimentação fora do domicílio (R$ 150,6 milhões); materiais de construção (R$ 152,4 milhões); plano de saúde e tratamento médico (R$ 147,5 milhões); Educação (R$ 126,2 milhões); Medicamentos (R$ 120,4 milhões) e Higiene e cuidados especiais (R$ 111,3 milhões). O estudo completo abrange o potencial de consumo de 22 categorias.
Números – O IPCMaps 2025 mostra que o total de domicílios em Mairiporã é de 34.412, dos quais 30.978 urbanos e 3.434 rurais.
A Classe C detém a maioria dos imóveis (49,8%), a Classe B (24,8%), Classe D+E (21,6%) e Classe A (3,7%), considerando-se apenas os domicílios urbanos.
No setor produtivo, os números apontam 2.079 estabelecimentos Industriais; 6.894 de Serviços; 2.499 Comerciais (267 atacadistas e 2.232 varejistas) e 183 de agrobusiness. No total são 11.655 empresas em território mairiporanense.
População – De acordo com a geografia atualizada de potencial de consumo, Mairiporã vai fechar 2025 com uma população total de 98.201, assim dividida: 88.564 na zona urbana e 9.637 na rural. A população alfabetizada soma 89.388 pessoas, o crescimento demográfico é de 1,24% (era 1,61% no ano passado) e a densidade demográfica é de 306,2 habitantes por quilômetro quadrado.
O share de consumo da cidade caiu de 0,05502 no estudo de 2024, para 0,05176 este ano.
O IPC Maps é um estudo publicado há mais de 30 anos, e calcula os índices de potencial de consumo nacional com base em dados e informações de fontes oficiais.
Com um crescimento pequeno, os municípios devem buscar novas estratégias que envolvam estímulos à atividade econômica, fortalecimento do mercado de trabalho e incentivo a formalização de empreendimentos. (Wagner Azevedo/CJ – Foto: Pixabay)