Número de pedintes e moradores de rua cresce de forma assustadora na cidade

Praças ruas, avenidas, parques, esquinas, praticamente todos os locais da região central da cidade estão ocupados por pedintes e moradores de rua, fato que tem causado preocupação na sociedade mairiporanense. O movimento dessas pessoas começa logo às 6 horas da manhã, quando as padarias são abertas e os pedintes se colocam nas proximidades para pedir dinheiro ou mesmo café com pão.
Em meio a todos eles, percebe-se a presença de ‘espertalhões’ que se infiltram para tentar ludibriar a boa-fé da população, além daqueles que fazem uso excessivo do álcool e de drogas.
Outra questão que também chama a atenção e preocupa, é o número cada vez maior de pessoas vendendo uma infinidade de produtos (panos de prato, biscoitos, doces, balas, perfumes, objetos de uso pessoal e uma série de outras bugigangas), que se postam principalmente nas proximidades das agências bancárias. Muitas delas são mulheres carregando filhos pequenos.
Outro problema acarretado, é que as portas de estabelecimentos comerciais foram transformadas em local para dormir, o que tem causado inúmeros problemas aos lojistas.
Ao passar por diferentes regiões do município de Mairiporã, é comum encontrar pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Poder público – Contatada pela reportagem, a Prefeitura destacou que diariamente realiza a abordagem social junto às pessoas nessas condições e aos que não são de Mairiporã, são oferecidas condições para embarcar de volta às cidades de origem.
Também citou que oferta os serviços da Casa de Passagem, onde é possível estabelecer vínculo e com isso tentar tirá-los dessa situação.
Ocorre, ainda de acordo com a Municipalidade, que a maioria rejeita qualquer tipo de ajuda e, por lei, não há como impedir que continuem ocupando as ruas. De todo modo, a Secretaria de Desenvolvimento Social tem intensificado a abordagem.
O aumento de pedintes e pessoas morando nas ruas, tem sido um fenômeno observado em todos os municípios.
Fatores – De acordo com sociólogos, o aumento de pessoas em situação de rua é ocasionado por vários fatores, e um deles é o desemprego. Muitas vezes a falta de acesso ao emprego formal faz com que uma parcela da população não consiga nem mesmo trabalhos informais, e a consequência é viver nas ruas.
Segundo eles, há ainda uma série de circunstâncias que levam uma pessoa a essa situação de vulnerabilidade social. Uma delas é o problema habitacional, que é recorrente até em nações desenvolvidas.
A desestruturação familiar também é um dos elementos que soma. Por desentendimentos, a família acaba se desestruturando e as pessoas acabam indo morar na rua. E o uso de drogas é outra questão séria a ser observada.
Para os sociólogos, trata-se de um problema social complexo e multidisciplinar. (Salvador José/CJ – Foto: Pixabay)