Compreendendo o Autismo: respeito e empatia no dia a dia

“Que apesar de todas as diferenças, o respeito seja sempre a nossa maior semelhança” (autor desconhecido)

O autismo é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Segundo estimativas recentes, cerca de 1 em cada 36 crianças é diagnosticada dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention). Esse aumento nos diagnósticos não significa necessariamente uma “epidemia”, mas sim um avanço na identificação e compreensão da condição.
Diante desse cenário, é essencial que a sociedade se conscientize sobre como lidar com o autismo no dia a dia. O primeiro passo é a informação compreender que o autismo não é uma doença, mas uma forma diferente de perceber e interagir com o mundo. Pessoas autistas podem apresentar desafios na comunicação, na interação social e na regulação sensorial, mas cada indivíduo é único, com habilidades e dificuldades particulares, assim como todo ser humano.
O Neuropediatra e Neurocientista Dr. Paulo Liberalesso, especialista no assunto, destaca em várias de suas lives, vídeos, palestras e cursos que o diagnóstico precoce e o suporte adequado fazem toda a diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida das pessoas autistas. No entanto, esse suporte não deve se limitar a profissionais da saúde e da educação – toda a sociedade tem um papel fundamental.
Imagine uma criança autista que se assusta com barulhos altos no supermercado, um jovem que evita o contato visual ou um adulto que prefere rotinas previsíveis. Pequenas atitudes de compreensão, como respeitar o espaço, evitar julgamentos precipitados e oferecer apoio sem invadir limites, podem tornar o dia dessas pessoas muito mais leve.
Reflexão – É fundamental se colocar no lugar das famílias. Muitos pais e cuidadores enfrentam desafios diários para garantir que seus filhos recebam as adaptações necessárias na escola, no lazer e no atendimento médico. A falta de compreensão e empatia da sociedade torna esse caminho ainda mais difícil, a inclusão real começa com conhecimento e respeito.
Conviver com autismo não é só um desafio, mas sim uma forma diferente de ser e estar no mundo. Quanto mais entendermos, mais poderemos construir uma sociedade onde todas as formas de existência sejam valorizadas e respeitadas. MUDE DE PERSPECTIVA!!!

Raphael Blanes é Servidor Público Municipal, formado em Gestão em Saúde Pública, Técnico em Vigilância em Saúde com ênfase no Combate às Endemias, especialista em Gestão Hospitalar, graduando em Filosofia e Psicologia. Instagram: @raphaelblanes Email: blanes.med@gmail.com.