O brasileiro acostumou a dizer que o ano novo começa só depois do Carnaval. Essa espécie de chiste, condiz, na verdade, com aquilo que se vê País afora, especialmente quando os festejos de Momo têm início nos primeiros dias de março.
Antes disso, ou seja, desde de janeiro, o que se tem visto é uma espécie de ‘empurrar com a barriga’ tudo aquilo que, em tese, poderia ser resolvido antes dos dias de folia.
Na política, o calendário ‘oficial’ começou na segunda-feira (10), englobando as casas legislativas (federal, estadual e municipal), que gastaram os dois primeiros meses elegendo mesas diretoras, ou seja, tudo se restringiu a isso. Também o Judiciário começou esta semana a julgar ações em todos as instâncias, especialmente no Supremo Tribunal Federal.
A mesma energia que se viu durante os dias festivos, deve agora ser canalizada para recompor a economia, que anda claudicante, discutir e aprovar propostas de interesse do coletivo e, em tese, neste momento, acreditar que o governo federal vai conseguir colocar a locomotiva nos trilhos.
Em se tratando de Brasil, não é só o Carnaval que costuma engessar o mercado de forma geral. Há também um exagerado número de feriados, que dependendo das datas, enseja prolongamentos que podem chegar a uma semana. São comemorações religiosas e políticas, que este ano vão somar quatro datas.
Nos municípios, no entanto, como é o caso de Mairiporã, os folguedos serão maiores, pois englobam aniversário da cidade e padroeira.
No frigir dos ovos, são alguns meses de desperdício que poderiam resultar em melhores condições de trabalho, agitar o mercado e proporcionar renda a todas as camadas da população.
Aquele otimismo característico da virada de ano, porém, não se verifica nesse segundo ‘ano novo’. Longe disso. Se o recomeço em 2025 se deu agora em março, muito se perdeu antes disso.
Passados mais de 60 dias desde o Réveillon, agora finalmente começa 2025 de verdade e segunda-feira (dia 10) foi o primeiro dia útil.
Feliz ano novo!