Coluna do Correio

FRASE
“Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos.” (Friedrich Nietzsche, filósofo, poeta e compositor prussiano)

POSSE (I)
O Auditório Fábio Taneno, como esperado, lotou para a solenidade de posse no primeiro dia do ano. Parentes e familiares, amigos próximos e ‘namoradas e namorados’ preencheram a totalidade das cadeiras para aplaudir aqueles que podem ser úteis, por exemplo, na indicação para empreguinho no serviço público.
POSSE (II)
Desde a sala de espera, até ao auditório, uma legião de ‘viúvas do poder’ que saiu de suas tocas e mostrou a cara. Na verdade, oposicionistas que permaneceram por bom tempo no ostracismo político.
POSSE ((III)
A vereadora Leila Ravazio foi eleita para presidir o parlamento municipal pelos próximos dois anos. Escolha sensata, pois trata-se de vereadora pautada pelo bom senso e que, logo após a eleição, surgiu como o único nome capaz de conter pelo menos quatro edis que ameaçavam a paz política da cidade na briga pelo cargo.
POSSE (IV)
Diferentemente de outras solenidades de posse, essa teve um locutor comandando a cerimônia, o que de certa forma causou estranheza para quem conhece os trâmites de uma sessão que conclui o processo eleitoral, ou seja, empossa prefeito, vice e vereadores.
POSSE (V)
Assessores dos vereadores e aqueles que sonham com uma ‘boquinha’ no Legislativo, compareceram em peso para aplaudir seus ‘chefes’. Verdadeiro cenário de torcida organizada em campo de futebol. A expectativa agora é saber quanto tempo dura essa euforia.
POSSE (VI)
Alguns dos vereadores derrotados nas urnas marcaram presença, principalmente os que ocupam, agora, a primeira suplência. O sonho e a esperança é que alguns dos titulares sejam convocados a assumir cargos no primeiro escalão. Alguns fizeram questão de desfilar por todos os ambientes, mostrando ‘a cara’. Num primeiro momento, no entanto, conforme conversas de assessores próximos ao prefeito, não haverá nenhum convite para vereador ocupar secretarias municipais.
FIM DA PICADA
Cada vereador teve o direito de discursar após a posse. Dose cavalar de conversas vazias, repetitivas, agradecimentos exagerados e aquelas palavras de ordem mais velhas que a invenção da roda. Não só dose excessiva de muito mau gosto, mas principalmente de falta de bom senso para um primeiro dia do ano. Como já analisado acima, as mudanças que se viram na sessão de posse beiravam o absurdo.
NORMALIDADE
Findos os festejos de final de ano, quando muitos se dão conta de que a palavra fraternidade não deve se resumir apenas ao dicionário, a volta à normalidade, para os políticos, é prioridade absoluta. Terminada a posse, a frase que abre esta coluna é perfeita para aqueles que foram investidos nos cargos eletivos.