FRASE
‘Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade.” (William Shakespeare, poeta, dramaturgo, maior escritor do idioma inglês)
RECADO DAS URNAS (I)
A esmagadora vitória de Aladim (PSD) sobre seus concorrentes nas eleições do último dia 6, foi um recado das urnas àqueles que pretendem formar lideranças políticas no município. É preciso entender que líderes são poucos, não se inventam, são forjados ao longo de suas carreiras. Portanto, é preciso ter uma trajetória sólida, ter percorrido um longo caminho e consolidar-se através de influência nas diversas esferas governamentais. Aladim demonstrou, nos primeiros quatro anos de governo, disposição para o trabalho, com viés de gestor, e não se limitou apenas em ser político, como todos os seus antecessores. O diferencial do prefeito reeleito foi sair do comodismo do refrigerado gabinete de chefe do Executivo do Palácio Tibiriçá, e enfrentar maratonas e peregrinações em São Paulo e Brasília. E mesmo seus opositores reconhecem que essa foi a alavanca do sucesso da administração municipal.
RECADO DAS URNAS (II)
Muitos dos velhos militantes da política local estão pendurando as chuteiras depois destas eleições. Alguns até poderão ser futuramente bons conselheiros, outros, no entanto, encerram um ciclo que alternou sucesso e fracasso em pleitos distintos. Não só os velhos deixam a militância, mas boa parcela de jovens também, diante das seguidas derrotas e da face aventureira e oportunista que mostraram, rejeitada pelo eleitor.
RECADO DAS URNAS (III)
Por outro lado, saíram das urnas novos nomes que passam a fazer parte da política local, com ares de renovação e até mesmo de esperança para o futuro. A expectativa é que tragam novos ares a um parlamento municipal com práticas velhas, comodistas, que a cada quatro anos pune pelo menos a metade de seus integrantes, mas não consegue estender essa renovação para pelo menos 80% de sua composição, o que seria ideal para a cidade. Os novos nomes surgem até com indícios de que poderão se tornar futuras lideranças, o que gera boas expectativas.
DUAS SESSÕES
Os vereadores realizaram duas sessões em sequência na terça-feira (15), 32ª e 33ª, depois de adiarem a primeira delas que deveria ter acontecido na semana passada. Metade dos edis estava com pouco ânimo e, como se diz popularmente, com ‘cara de enterro’, diante da derrota advinda das urnas. Alguns analistas entendem que a futura composição, embora a trajetória de mais de 20 anos mostre o contrário, será mais salutar e com menos parlamentares que fazem da ideologia o foco principal de suas ações.
DIPLOMAÇÃO
Até o dia 19 de dezembro os eleitos no último dia 6, prefeito, vice e 13 vereadores, serão diplomados pela Justiça Eleitoral. A solenidade ainda não tem local e nem horário definidos.
“ERRO MÉDICO” ((I)
Que não se pense, de forma alguma, que erro médico só acontece no cinema e em hospitais das grandes metrópoles. Acontece, ou pode acontecer, em todo lugar, obviamente, desde uma intervenção em enfermaria, pronto atendimento, pronto socorro, hospitais e santas casas, enfim, em todos os lugares onde se pratica medicina. A maioria dos casos tramita em segredo de justiça e em muitos deles, os processos são interrompidos no início por causa dos custos que quase ninguém consegue pagar, envolvendo peritos, advogados, depósitos antecipados, suspeitas de nomeação de peritos com vínculos com hospitais etc.
“ERRO MÉDICO” (II)
O termo “erro médico” não pode mais ser usado em processos legais contra hospitais, planos de saúde e médicos, desde 2023, quando ação conjunta da Associação Médica Brasileira (AMB), do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), apoiada pelo conjunto de entidades médicas, como a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), apresentado pessoalmente ao Ministro do Supremo Tribunal Federal , Edson Fachin, resultou na decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que extinguiu o termo “erro médico”, substituindo-o por “evento adverso em saúde” ou “serviços em saúde” termo que as entidades médicas consideram neutro.
“ERRO MÉDICO” (III)
Segundo as entidades, o erro médico, como era rotulada a negligência, imperícia médica, erro e descuido, gerava conceituação equivocada e um pré-julgamento entre profissionais envolvidos antes de uma deliberação final que os condenassem ou absolvessem.
Então, a partir de agora, segundo os membros do CNJ, médico virou Deus, e não erra mais, apenas comete “evento adverso em saúde ou serviços em saúde”. No despacho do Conselho Nacional de Saúde, fala-se agora “em danos materiais ou morais decorrentes da prestação de serviços em saúde”. Erro? Nunca mais!