A REDUÇÃO anunciada pela Petrobras, de 4,4% no valor do botijão de gás residencial, não chegou aos consumidores que ainda pagam caro pelo produto. Segundo a entidade, essa foi apenas a segunda queda consecutiva em um ano inteiro marcado por elevações nos valores.
De acordo com a ASMIRG-BR (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP), o preço corrigido para baixo não está sendo repassado aos pontos de revenda, pois o desconto na refinaria gera impacto no setor de R$ 1, mas, conforme as revendas, as distribuidoras informaram que, devido aos ajustes dos custos operacionais com armazenagem e transporte, não há como repassar o desconto.
Para a entidade, enquanto consumidores e revendedores carregam amarga conta, o governo federal, responsável por todo o desequilíbrio, se colocou omisso, permitiu elevação significativa na Petrobras no preço do gás de cozinha.
A saída que muitos comerciantes encontram é a de demitir funcionários para reduzir gastos e em alguns casos, suspender a entrega domiciliar. Apesar das justificativas, o consumidor continua assustado com a constante alta de preços. Em Mairiporã, na região central, o gás chega a custar R$ 77 para entrega em casa e R$ 72 para retirada na revenda. Na opinião das donas de casa, isso não permite que o orçamento familiar seja planejado com antecedência.
No período de um ano, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), o gás de cozinha, botijão de 13 quilos, teve alta de 19,7%, muito acima da cesta básica, que apresentou no mesmo período um recuo de 4%.