Durante os últimos anos muito se falava na cidade que o Centro Educacional estava com problemas de toda natureza, muitas rachaduras e sério risco de desabar. Reflexo da obra mal feita com a conivência do então prefeito Antônio Aiacyda. Corre no Judiciário processo contra ele e a empresa construtora por conta dessa obra.
Meus conhecimentos em engenharia civil são parcos, mas certamente rachaduras e risco de desabamento têm relação com a fundação, principalmente no local onde foi edificado, que na realidade é um brejo, pois o terreno faz margem com o rio Juqueri. Ficou interditado por um bom tempo, até que o mesmo prefeito, Antônio Aiacyda, lá colocou uma placa sobre a recuperação do prédio, nome da construtora e o valor da obra.
Esta semana ouvi dizer que o Centro Educacional vai ser reinaugurado com pompa e circunstância como parte dos comemorativos do aniversário de Mairiporã.
Até onde acompanhei, não vi nenhuma obra para reestruturar a fundação do prédio. O que foi feito, na realidade, foi desativar a caixa d’água que ficava sobre o prédio, que obviamente exercia um peso que não posso precisar, mas que devia sem bem grande, e construída uma torre afastada do prédio principal onde a caixa d’água foi colocada.
Pequenas obras de recuperação do que já existia, uma pinturinha nova e mais R$ 700 mil para dar o acabamento, dinheiro que está saindo do bolso dos contribuintes de Mairiporã.
Seria prudente e importante que uma perícia fosse feita antes da reinauguração e que isso partisse do Ministério Público, pois assim evitaríamos maiores problemas e outros gastos.
Se as obras de recuperação demandaram ou não ações mais contundentes que as aqui explanadas, cabe ao secretário de Obras da Municipalidade, que por coincidência é filho do prefeito, vir a público e explicar minuciosamente o que foi feito. Afinal é seu dever para com toda a sociedade.