Uma importante ação que cabe à administração municipal deveria ser adotada com vistas aos próximos anos, como forma de criar um mecanismo de longo prazo com foco na arborização urbana, através de um inventário das árvores da cidade e com isso não só elencar os exemplares de valor histórico e paisagístico, mas principalmente aquelas que podem causar danos de toda natureza à população.
Só através de um inventário é que se poderá ter noção das árvores com problemas em suas estruturas, qual a densidade arbórea de Mairiporã, onde há necessidade de se plantar, onde há excessos, enfim, um mapeamento que só um inventário feito por profissionais da área pode responder.
Na região central da cidade é visível, ainda que por leigos, problemas em inúmeras árvores que podem, ao longo dos próximos anos, cair sobre casas, automóveis e até mesmo representar perigo de vida às pessoas.
Nenhum daqueles que ocuparam a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, nos últimos trinta anos, teve a iniciativa de providenciar um inventário, instrumento que vai quantificar e qualificar as áreas vegetadas, através de técnicas estatísticas de amostragem ou censo.
Mairiporã, que se propõe uma cidade turística, precisa que um documento de especialistas que localize os exemplares, as espécies e o estado fitossanitário, que permita controlar a evolução e distribuição territorial de árvores, identificando espécies que merecem intervenção, seja pela poda ou remoção.
Biólogos que já realizaram inventários em dezenas de municípios, classificam esse trabalho como de extrema importância, pois ajuda cada vez mais a ter conhecimento científico de como está o conjunto arbóreo das cidades.
Em alguns municípios, vereadores aprovaram leis que obrigam a realização de inventário arbóreo de tempos em tempos. (Wagner Azevevo/CJ – Foto: Correio Imagem)