Coluna do Correio

FRASE

“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.” (Confúcio, pensador e filósofo chinês)

PESQUISAS

Pelo menos quatro pesquisas de intenção de voto, todas feitas por institutos e com valor científico, colocam o atual prefeito, que busca a reeleição, disparado na frente. Com uma distância considerável para o segundo colocado. Como em toda pesquisa, sem limitação de nomes, até ex-prefeitos, que não vão disputar a corrida ao Palácio Tibiriçá, aparecem dentre os citados.

NÃO MEXE

Não há nenhum indicativo e o prefeito Aladim também nunca tocou no assunto. Pelo que se observa, dificilmente haverá mudanças no primeiro escalão do governo municipal para 2024. A maioria tem desempenhado a função com resultados positivos, o que tem garantido o sucesso da administração. Portanto, aquela máxima do futebol deve imperar: em time que está ganhando não se mexe.

NAS URNAS

As chamadas ‘viúvas’ do ex-prefeito Aiacyda, a maioria sem ‘boquinha no serviço público’, parecem dispostas a tentar uma vaguinha na Câmara de Vereadores no pleito de 2024. Todas ávidas pelo tilintar das moedas entrando no bolso, sem que para isso se precise grandes esforços. Resta saber se haverá vaga nos partidos para tanta gente e se têm ao menos os cacifes eleitoral e financeiro que uma empreitada dessa exige.

PENICO

2024, ano eleitoral, vai encher as redes sociais de muita porcaria. Como em eleições anteriores, 95% do que for publicado será fake news. Até porque a imaginação nada fértil daqueles que frequentam as redes sociais referenda a frase de Fausto Silva, dita há pelo menos dez anos: “Rede Social é o penico do mundo”.

O POVO PAGA

A farra dos políticos com o dinheiro do povo continua firme e forte. Durante a votação do Orçamento de 2024 da União, foi aprovado o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões para o financeiamento das eleições do ano que vem. A cifra é recorde. Para quem achava que R$ 2 bilhões era muita grana no pleito de 2020, mais que o dobro agora pode ser considerado um escárnio, um tapa na cara da população, a mesma que colocou esses ‘homens que trabalham arduamente pela felicidade do povo’ em Brasília. Chamado de Fundão, na verdade é um poço sem fundo.

ANISTIA

Enquanto uns nadam de braçada com o dinheiro público, outros lutam para se manter em pé. A Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) pediu ao governo federal anistia no pagamento de juros aos empresários dos setores de turismo, de hospedagem e de alimentação Fora do Lar e que são devedores de empréstimos contraídos na pandemia de Covid-19. A entidade sindical patronal solicitou, ainda, a inclusão da faixa de faturamento do regime tributário do lucro presumido ao Simples Nacional. O pacote de reivindicações visa reverter o apagão de mão de obra no setor.

S.O.S SUS

No decorrer deste ano o governo de São Paulo dois programas para dar resposta à defasagem histórica causada pela ausência de atualizações dos valores da tabela nacional do SUS. A partir de 2024, a Tabela SUS Paulista complementará os pagamentos a unidades filantrópicas que prestam serviços pelo SUS, enquanto o IGM SUS Paulista aumentará os repasses aos municípios para a gestão das unidades municipais que atendem ao Sistema Único de Saúde. Uma espécie de S.O.S SUS.

FRASES POPULARES

Ao longo de 2023 esta coluna publicou dezenas de frases célebres, mas algumas não podem ser deixadas de lado, pois definem muito o que é o ser humano. Selecionamos cinco delas:

– “Me decepciono, mas não me surpreendo. Acho que todo mundo é capaz de tudo.”

– “Puta é um adjetivo usado pela sociedade para descrever a mulher que tem atitudes iguais às de qualquer homem padrão.”

– “O que foi dito bêbado foi pensado sóbrio.”

– “Acredite, a segunda-feira é mais dura para quem não trabalha.”

– “Quanto mais você vive, mais entende porque o galo já começa o dia gritando.”

 

FOLCLORE POLÍTICO

A COMITIVA

Na década de 1960 Mairiporã ainda engatinhava política e administrativamente. Cidade pequena, pouco contato com o Governo do Estado e o que se administrava eram os problemas do cotidiano, o dia-a-dia longo e modorrento, com ênfase mais na busca de soluções pessoais da população do que das questiúnculas coletivas. Certa vez, não se soube dizer de quem partiu, chegou a informação que Mairiporã havia sido escolhida dentre muitos municípios, para receber uma verba do Governo do Estado, que naquele tempo ainda tinha como sede o Palácio dos Campos Elíseos, que ficava próximo à antiga estação rodoviária de São Paulo, no bairro da Luz. A notícia foi recebida com entusiasmo pelas autoridades locais, afinal, dinheiro vindo de fora era muitíssimo bem-vindo, ainda mais numa Prefeitura com parcos recursos. E ato imediato, decidiram ir até o Palácio para agradecer e, claro, saber quanto montava o dinheiro. Uma comissão foi formada pelo alcaide e alguns edis, e todos, dentro da mais absoluta elegância, alguns com fatiostas estalando de nova, ternos e gravatas alinhadissimos, rumaram a São Paulo o que, naqueles tempos, não deixava de ser uma aventura. Em lá chegando, admiraram-se com o tamanho do palácio e adentraram ao recinto, encaminhando-se ao elevador que os levaria ao gabinete do governador. Mal podiam esperar para apertar a mão do mandatário máximo do Estado. Assim que viram o ascensorista, também muito alinhado, de terno e luvas, perguntaram de bate-pronto: “bom dia, o senhor por acaso sabe da verba que o governador liberou para Mairiporã? Incrédulo, sem saber do que se tratava, e nem poderia, o servidor estadual respondeu: “Não sei não, nunca fui informado sobre esse assunto”. Foi o que bastou para a comitiva mairiporanense, sem demora, dar meia volta e retornar à aldeia pitoresca. Desolação geral na comitivia e também nos companheiros que ficaram à espera das boas novas. Claro que semanas depois tudo foi esclarecido e, para felicidade geral da nação, o recurso chegou aos cofres municipais.