Coluna do Correio

FRASE

“A verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas, mas escapar das antigas.” (John Maynard Keynes, economista britânico)

CRESCIMENTO (I)

Se existiam dúvidas sobre o desenvolvimento experimentado pela cidade nos últimos três anos, em todos os setores da administração pública e na vida econômica da cidade, agora não há mais. A divulgação feita semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), comprovou o crescimento de Mairiporã logo no primeiro ano do governo Aladim. O PIB (Produto Interno Bruto) relativo ao ano de 2021 registrou aumento de 15,7%, o maior da história, passando de R$ 1.931.084.250,00 em 2020, para R$ 2.288.091.621,00 em 2021. Lembrando que o PIB é toda a riqueza gerada durante um ano e representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pela cidade, incluindo salários e impostos e a constatação de que os investimentos do setor público em obras e serviços e nas políticas de incentivo às principais atividades econômicas do município, principalmente Serviços, Comércio e Indústria de Transformação, refletiram positivamente na iniciativa privada no município. O PIB tem seus resultados divulgados a cada dois anos.

CRESCIMENTO (II)

A forma de administrar a cidade pelo governo municipal que assumiu em 2021, com protagonismo para a gestão, foi o diferencial do crescimento econômico e social. Com mais recursos, foi possível desenvolver a área da saúde, como até então não se tinha visto, levar saneamento básico a bairros mais distantes, valorizar a educação e incentivar a iniciativa privada através de incentivos e programas fiscais, que permitiram resultados positivos na geração de emprego e renda. O novo governo da cidade optou, como há muitos anos se esperava, a politicagem por uma gestão séria e eficiente. Daí os resultados não só do PIB, mas de dezenas de outros indicadores.

INDEFINIÇÃO (I)

Os tempos da política mudaram. A dez meses da eleição de 2024, a indefinição dos quadros políticos locais deve persistir provavelmente até  maio ou junho. Por enquanto ninguém se arrisca a dizer que é pré-candidato a prefeito, a não ser o prefeito  Aladim, que já declarou caminhar em busca da reeleição.

Especulações ocorrem toda hora. Até mesmo a pretensão de alguns depende de muitas variantes a partir da escolha do partido, estrutura financeira que hoje depende do fundo partidário. Inclusive nomes conhecidos de outras eleições seguem calados. O motivo é o medo de anunciar a pré-candidatura e ter o nome queimado e até mesmo lacrado pelas redes sociais.

Por outro lado, as fusões de partidos que não alcançaram a cláusula de barreira nas últimas eleições também provocam mais indefinições, como é o caso do Patriotas com o PTB, que se transformou em PRD (Partido da Renovação Democrática). Em Mairiporã, ainda não foi divulgado qual grupo político comandará a comissão provisória ou, se for o caso, o diretório municipal.

INDEFINIÇÃO (II)

A lembrar que em recente reportagem, este jornal divulgou dados obtidos junto ao Cartório Eleitoral, que mostrou apenas 6 partidos  neste momento aptos a participar do pleito. Todos os demais devem correr atrás das irregularidades e colocar tudo em ordem, principalmente para filiar futuros candidatos.

APOSTAS

Mesmo faltando um bom tempo para as eleições, apostas vêm sendo feitas em diferentes locais da cidade, para saber quais dos atuais vereadores não voltam. O número mais apostado é 6, ou seja, na opinião da maioria, a metade dos senhores edis não vão conseguir a reeleição. Ou seja, as mudanças na composição do Legislativo devem seguir o que tem sido feito pelo eleitor nos últimos 10 anos. Uma hora a tentativa vai acabar dando certo.

FÉRIAS

Nossos intrépidos e solertes vereadores estão em pleno gozo de férias, iniciada no dia 15 último. E assim vão ficar até o retorno em fevereiro, quando acontecerá a primeira sessão do último ano legislativo. De uma tacada só vão ficar 46 dias sem se preocupar com absolutamente nada. Lembrando que em todo esse período, receberão seus subsídios.

ORÇAMENTO

A proposta orçamentária elaborada pelo Governo de São Paulo para 2024 foi aprovada pela Assembleia Legislativa, com 58 votos favoráveis. O documento estima uma receita de R$ 328 bilhões para 2024, a maior da história, com um aumento de 3,3% em relação ao Orçamento de 2023. O texto contempla 5 mil emendas protocoladas pelos deputados estaduais. É desse orçamento que saem, por exemplo, recursos solicitados pelas prefeituras.

LA-DINO

O presidente Lula é mesmo muito ladino. Já emplacou dois aliados como ministros do Supremo Tribunal Federal: o advogado Zanin, que trabalhou na sua defesa durante a prisão, até que aliados trabalhassem para sua soltura. O outro é o ministro da Justiça, Flávio Dino, comunista de carteirinha, que prometeu se despir da política a partir de 22 de fevereiro de 2024, quando será empossado, para ser mais um guardião togado da Constituição.

Nos quatro governos do PT (três de Lula e um de Dilma) ambos indicaram 15 ministros, alguns já aposentados, um morreu de acidente (Teori Zavascki) e outro renunciou alegando cansaço (Eros Grau). Dos 11 que compõem o STF atualmente, sete foram indicados pela dupla petista (Luiz Roberto Barroso, Edson Fachin, Carmem Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino), um por Temer (Alexandre de Moraes), dois por Bolsonaro (Nunes Marques e André Mendonça) e um por Fernando Henrique Cardoso (o decano Gilmar Mendes).

 

FOLCLORE POLÍTICO

NEM DE AVIÃO

Sempre que recebia vereadores de Mairiporã em seu gabinete na Assembleria Legislativa, o deputado Vitor Sapienza, palmeirense roxo, contava sempre o porquê tinha sumido da nossa aldeia pitoresca. Sapienza foi um dos parlamentares que mais ajudaram Mairiporã com o envio de recursos mais o que conseguia junto à Secretaria de Estado de Esportes, bolas, troféus e outros equipamentos necessários à prática de inúmeras modalidades. Ajudou muito a área esportiva do governo municipal em várias oportunidades.

Inúmeras vezes visitou Mairiporã, recebido no Palácio Tibiriçá.

Num breve período que só assumiu como suplente, o deputado não apareceu mais na cidade e, pelo que consta, também não foram até ele levar reivindicações e solicitar mais recursos.

Em sua última legislatura, 2003/2006, no entanto, eleito diretamente para o cargo, recebeu um grupo de vereadores e um jornalista deste semanário. Quando perguntado porque sumira de Mairiporã, Sapienza ficou vermelho, olhos saltados e foi taxativo: “Em Mairiporã não vou nunca mais. Não passo nem de avião pelos céus da cidade”. Claro que ele explicou os motivos e quais eram seus desafetos, que aqui declinamos de citá-los nominalmente.