Os números da geração de emprego no mês de outubro em Mairiporã, de acordo com os dados divulgados pelo Novo Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) na terça-feira (28), mostraram uma desaceleração na abertura de vagas no mês de outubro, depois de apresentar o melhor resultado do ano em setembro.
A cidade fechou o décimo mês do ano com apenas 42 postos de trabalho formal (com carteira assinada), mas ainda assim, saldo positivo. Foram 650 admissões e 608 desligamentos. O setor que mais contratou foi a Indústria de Transformação, com 64 novas vagas, enquanto o principal ramo de atividade do município, o de Serviços, demitiu 24 trabalhadores.
No acumulado de 2023, Mairiporã segue com saldo positivo nos empregos criados: 304 contratações, resultado das 6.303 admissões e 6.099 demissões.
Setores – Diferentemente do que sempre ocorre, desta vez foi a Indústria de Transformação quem mais contratou, com saldo de 64 empregos formais (194 admitidos e 130 demitidos). E somente a Construção Civil colaborou para esse resultado, com seis novos postos (27/21). Os outros três resultaram negativos: Comércio (-2), Agropecuária (-2) e Serviços (-24).
Ainda não foi em outubro que Mairiporã conseguiu alcançar os 15 mil empregos com carteira assinada em seu estoque. Está próximo, 14.901, com a expectativa de fechar o ano ultrapassando essa marca.
O estoque de emprego formal está assim dividido: Serviços (5.792), Indústria da Transformação (4.775), Comércio (3.824), Construção Civil (491) e Agropecuária (19).
Positivos – Em 2023 o desempenho do mercado de trabalho na cidade registra 7 meses de resultados positivos. Começou o ano com a demissão de 152 trabalhadores em janeiro, recuperou essas perdas em fevereiro e março e voltou a negativar em abril, que também se estendeu a maio. Em junho se recuperou com o segundo melhor resultado do ano (131 empregos criados), e desde então manteve saldos positivos até outubro.
Insegurança – Analistas econômicos enxergam insegurança no empresariado em relação à abertura de novas vagas de emprego com carteira assinada. Eles observam que industriais e empresários de modo geral se mostram pessimistas com a economia, o que os leva a segurar os investimentos.
Dentre os fatores que colaboram para esse quadro estão a reforma tributária e a desoneração da folha. São questões que refletem no mercado de trabalho, assim como os juros (ainda altos). (Wagner Azevedo/CJ – Foto: CNI/Divulgação)