Coluna do Correio

FRASE

“As fontes de analfabetos funcionais e acomodados esperando milagres estão nos templos e estádios de futebol. Governantes imorais ou incompetentes nada interferem e se possível isentam de impostos, afinal ali estão seus mais fiéis eleitores.” (Johanna Wanka, política alemã)

UM ANO (I)

O último dia 6 marcou a contagem regressiva para as eleições municipais de 2024, exatamente daqui a um ano. Em Mairiporã, por enquanto, desponta o grupo liderado pelo prefeito, que busca a reeleição. Outros, que saíram praticamente dizimados das urnas em 2020, tentam se organizar, porque dependiam dos velhos caciques que, ou morreram ou estão aposentados. Praticamente nada mudou em relação a 2020, principalmente pela performance do atual chefe do Executivo.

UM ANO (II)

Até onde é possível saber, o prefeito tem hoje cerca de seis partidos que vão lhe dar apoio no pleito de 2024. Alguns outros estão, como sempre, mudando de mãos (e vão mudar mais ainda até as convenções em junho do ano que vem), e a maioria não está vigente, ou seja, tem pendências que precisam ser sanadas junto à Justiça Eleitoral. Conforme informado por esta coluna, data hoje, apenas 8 legendas estariam aptas a disputar a eleição.

DANÇA (I)

Muitos vereadores, segundo conversas de bastidores, vão invocar a partir de dezembro, a dança das cadeiras. Trocando em miúdos, vai haver um troca-troca generalizado, uns em busca de maiores chances de reeleição, outros, de marcar território. A mudança, também conhecida oficialmente como janela partidária, sem correr o risco de perder o mandato, têm prazo de 30 dias, a seis meses da eleição.

DANÇA (II)

Os três suplentes que ocupam cadeiras pertencentes àqueles que se tornaram secretários municipais, vão deixar o cargo em março. Exceto se algum dos titulares não quiser voltar. A tendência, no entanto, é que esses suplentes comecem a planejar, desde já, como armar estrategicamente a campanha fora do cargo.

O DE SEMPRE

Desde que as sessões legislativas voltaram, após o recesso de julho, as pautas têm sido mais frias que de costume. Durante o expediente, o mesmo de sempre: indicações, requerimentos e moções, que não resultam em absolutamente nada. Além, claro, daqueles discursos insossos na tribuna.

SUMIRAM

Inúmeras comissões de assuntos relevantes foram instaladas pelos senhores edis, algumas com direito a duas ou três prorrogações para a conclusão. Só que nunca mais se ouviu falar sobre o assunto. Simplesmente sumiram. Vai ver que os assuntos não eram tão relevantes assim.

CONCURSO

A Câmara divulgou na Imprensa Oficial do Município, na edição de 6 de outubro (Nº 1.290), edital de concurso para a contratação de 9 funcionários, 5 com a exigência de ensino superior completo e 4 com ensino médio completo. Os salários variam de R$ 2.900 a R$ 5.400,00. A inscrição estará aberta a partir de 17 de outubro até 20 de novembro, apenas no site www.nossorumo.org.br A taxa de inscrição para os cargos de ensino médio é de R$ 68,00 e para os de ensino superior, R$ 92,00.

CHANCE

Mais uma chance aberta para a galera que está em dívida com a Prefeitura. A adesão ao novo Refis já pode ser feita na Central Agiliza, que fica no prédio da Prefeitura, e também na Subprefeitura de Terra Preta. Quem tem parcelamento anterior também pode reparcelar.

CHARIVARI (I)

Esta nos foi contada por um atento leitor: numa das agências bancárias da cidade, um ex-servidor da Câmara e um vereador travaram o maior charivari assim que se viram frente a frente. O ex-servidor acusou o parlamentar de trair um companheiro de plenário, que acabou defenestrado da composição legislativa. E o bate-boca comeu solto.

CHARIVARI (II)

Em muitos municípios o pagamento do piso aos profissionais da enfermagem virou guerra, na mais pura acepção do termo. O imbróglio envolve prefeituras, hospitais particulares e até modelos de como o piso é pago. Em algumas cidades, ele ocorre, mas a título de abono, e não como salário. Em Mairiporã, a Prefeitura garante que está pagando integralmente o piso, assim como a OS que administra o Hospital Anjo Gabriel. O Brasil ainda segue com aquele receituário: há leis que pegam (a minoria) e as que não pegam.

 

FOLCLORE POLÍTICO

SEMÂNTICA

A história tem várias versões e a confusão se deu por pura semântica e teria se passado ainda no antigo prédio da Câmara de Vereadores, décadas atrás, quando dois adversários políticos travavam dura discussão. Um deles disse: “V.Excia. é um pau mandado, sem personalidade. Só sabe obedecer ordens!” E o outro: “Sou líder. E o líder tem de dizer o que o Executivo pensa!” O outro reagiu: “Critico o comportamento de V. Excia. por ser um homem de recados, verdadeiro robô do prefeito!” Aí a coisa pegou fogo de vez e o líder berrou: “Senhor vereador, até agora discutia com V.Excia. porque não me sentia ofendido. Agora, vai ter de provar a esta Casa quando é que eu roubei o prefeito!” A sessão terminou antes que pau comesse, com rápida intervenção da turma do deixa disso. Nenhum dos dois conseguiu a reeleição, no ano seguinte.