A população de Mairiporã parece que desde sempre está condenada a conviver com uma mobilidade urbana caótica. O prefeito Aladim, em recente entrevista a este semanário, disse que o problema será sanado, com possibilidade de isso ocorrer ainda este ano. Fica a torcida para que isso se materialize.
Os novos números da frota de veículos em Mairiporã se aproxima de 59 mil unidades. Número excessivo, se levado em conta a escassez de ruas que compõem a chamada região central.
O alto fluxo observado diariamente, é potencializado pela quantidade também excessiva de veículos vindos de outras localidades, a maioria fazendo a principal avenida da cidade em rota de fuga entre o Rodoanel e a Rodovia Fernão Dias. Todos querem fugir do inferno chamado Marginal do Tietê. E quem se sacrifica, é a população mairiporanense.
Só que não se deve creditar todos os problemas do tráfego ao excesso de veículos, pois é um dos principais ingredientes, que aliado a uma malha viária antiquada, que não sofre qualquer intervenção há mais de 50 anos e a falta de investimentos em projetos e programas que auxiliem a fluidez, resulta no que o próprio prefeito disse, num quadro danoso ao município, mas que precisa e vai ser mudado. Como tem feito muito mais do que se esperava e do que seus antecessores fizeram, o prefeito tem crédito quando enfatiza que vai solucionar a mobilidade urbana.
Imagina-se que solucionar o trânsito demande altos investimentos, mas é preciso reconhecer que o governo municipal tem sido ágil e eficiente na solução de problemas que Mairiporã colecionava há décadas.
A torcida é para que a lentidão e apatia em relação ao trânsito e todos os problemas por ele gerados, tenha como meta principal tirar ônibus, caminhões e carretas que cortam a região central, o que já seria um alívio para o tráfego apenas local.
Governos anteriores nem se dignaram a tocar no assunto. Cabe aqui um parênteses, em relação a Sarkis Tellian, que elaborou um projeto, que acabou inviabilizado porque o Estado se furtou a liberar os recursos. Os demais que tiveram assento no Palácio Tibiriçá, além de não buscar soluções, complicaram mais o que já estava ruim, como por exemplo instalar semáforos na única avenida que dá acesso à Rodovia Fernão Dias.
O projeto que o prefeito destacou na entrevista está em andamento e o prefeito Aladim tem crédito suficiente para nos fazer acreditar que depois de mais de 50 anos, Mairiporã vai ter uma mobilidade urbana compatível com os dias atuais.