DE FORMA geral, a pesquisa do TSE demonstrou que, entre esses jovens, há uma predisposição em admitir que existe a informação, mas que não há o hábito de procurá-la por falta de interesse. Entre os que votaram, há um pequeno percentual de eleitores que procuraram se informar. As principais fontes de informação são as conversas em família e com os amigos.
A pesquisa ainda identificou que jovens com nível superior debatem mais, sendo amigos e parentes os principais grupos para discussão do tema. Do total, 55,9% têm o hábito de debater assuntos referentes à política com outras pessoas. Esta é uma característica mais comum entre os homens (60,6% contra 51% entre mulheres) e sem relação estatisticamente significativa na variação por idade.
As redes sociais, para o público entrevistado, funcionam como radar: capta-se o que está sendo discutido sobre o candidato, filtra-se e aprofunda-se. Mas é importante ressaltar que o nível de credibilidade é baixo, devido ao alto volume de informações sem a devida checagem de fontes. Além disso, nas páginas pessoais do candidato, sabe-se que a informação com a qual vão se deparar é bastante tendenciosa. Assim, é mais comum acessar o Facebook, o Instagram ou outra plataforma de interação para visualizar os comentários que parecem ter mais peso na decisão que a própria postagem do postulante. Outro aspecto: a rede social é importante, mas é um instrumento de informação passiva – ele não vai à sua procura, as informações é que chegam até ele.
Influência – O boca a boca tem grande influência, principalmente em municípios pequenos. Nas cidades maiores e capitais, a principal fonte de informação ainda é a televisão. Debates, entrevistas e o programa eleitoral são os guias para a formação da opinião acerca do candidato.
A pesquisa identificou, ainda, que os candidatos não empolgam ou não agregam valores esperados pela população, como honestidade e eficiência; falta renovação dos quadros dos atores políticos. A pesquisa demonstrou que, independentemente da idade, quando se fala em eleições, o que vem à cabeça dos jovens é, sobretudo, o termo “corrupção”, entre outros termos, que, em sua maioria, são de conteúdo negativo.
Pelo resultado da pesquisa, ficou claro que as desmotivações para o ato de votar são bem mais fortes que as motivações, principalmente entre os pesquisados de 16 e 17 anos e aqueles de menor escolaridade. (Portal TSE)