MAIRIPORÃ registrou uma média de 108 multas por dia (4,5 por hora) aplicadas durante os primeiros quatro meses deste ano. Os dados constam da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que será discutida e votada pelos vereadores até o final do mês de junho.
No período o total foi de 13.016 multas, que renderam aos cofres públicos R$ 1,53 milhão. Dentre as infrações, que serão detalhadas em nossa próxima edição, constam excesso de velocidade, dirigir utilizando telefone celular, estacionar em local proibido, deixar o condutor de usar o cinto de segurança e estacionar em local proibido.
Especialistas ouvidos pela reportagem dizem que o número de autuações é excessivo para uma cidade do porte de Mairiporã, principalmente se levado em conta a diminuta malha viária. “Há um rigor extremo nessas multas, que permite o cidadão a imaginar o que quiser sobre o tema, sem deixar de lado a chamada ‘indústria da multa’.
Números – Em janeiro foi 2.946 multas (R$ 363,49 mil); em fevereiro 3.165 (que renderam R$ 385,77 mil); 3.288 em março (R$ 366,69 mil) e 3.617 em abril (R$ 414,32 mil).
Do total de mais de 13 mil, 895 foram canceladas por conta de recursos apresentados à Jari (Junta Administrativa de Recursos de Infrações).
Os recursos obtidos com as autuações só podem ser gastos no próprio trânsito, mas ainda não há informação de que forma eles foram aplicados.
2008 – Os problemas com o trânsito, em particular com a ‘indústria da multa’, começaram no governo tucano a partir de 2008. Naquela oportunidade o volume de autuações cresceu assustadoramente e impôs ao cidadão problemas que com o passar dos anos se tornaram insolúveis, porém cada vez mais caros ao bolso do contribuinte.