MENOS de 24 horas após o anúncio do aumento no preço dos combustíveis, os postos da cidade aumentaram os valores do litro de etanol e gasolina. Houve correria para conseguir encher o tanque com o preço mais em conta, porém os estoques duraram pouco.
Em um posto localizado no centro da cidade, o litro da gasolina aumentou R$ 0,34, passando de R$ 3,45 para R$ 3,79 (+8,9%) e do etanol de R$ 2,35 para R$ 2,49 (+5,9%). Mesmo assim, os preços são maiores que os praticados em cidades da região.
Com os novos preços estima-se queda nas vendas que chegam a 30%. Inúmeros frentistas passam o dia de braços cruzados. A reportagem do Correio percorreu vários estabelecimentos anteontem e o movimento estava muito abaixo do esperado.
Pelo menos dois proprietários de postos, que não quiseram se identificar, calculam que as perdas, desde a sexta-feira, quando o aumento entrou em vigor, já chegaram a 20%. “Enquanto tínhamos o estoque velho, vendemos mais que a média, porém no sábado, 22, já senti o posto esvaziar”, disse um deles.
Ouvido pela reportagem, o aposentado José Barbosa de Souza, 62 anos, chegou ao posto no momento que o preço era reajustado e pagou mais caro pelo litro da gasolina. “O Brasil é assim, quem paga a conta é sempre o consumidor”, reclama. Segundo ele, o carro só vai sair da garagem em caso de necessidade e irá abastecer sempre aos poucos. “Só vou colocar R$ 20 ou R$ 30 por vez.”