O DINHEIRO público destinado a bancar a eleição de deputados, senadores, governadores e presidente da República foi oficializado pelo Supremo Tribunal Federal, que manteve o valor de R$ 4,9 bilhões em votação na semana passada. Na prática, significa que os políticos podem ‘torrar’ esse fundo bilionário, enquanto milhões de brasileiros morrem de fome e de falta de atendimento médico.
Esse montante é 14,5 vezes maior que o Orçamento 2022 de Mairiporã, de R$ 336.010.700,00, que por sua vez é o maior já aprovado na história do município .
De nada adiantam as críticas da população. Os poderes da República se fingem de surdos para essa situação inaceitável.
O Fundo será dividido entre os partidos políticos, que leva em conta a composição na Câmara dos Deputados eleita em 2018. Dessa forma, o recém-criado União Brasil (fusão entre o DEM e o PSL) fica com R$ 945,9 milhões, três vezes a quantia do orçamento anual mairiporanense. Em seguida está o PT (R$ 594,4 milhões), valor 56,5% superior ao orçamento municipal.
Na sequência, pela ordem, MDB (R$ 417 milhões), Progressistas (R$ 399,2 milhões), PSD (R$ 397,7 milhões), PSDB (R$ 378,9 milhões), PL (R$ 340,9 milhões) e PSB, R$ 323,6 milhões.
Todos esses partidos vão gastar em suas campanhas eleitorais essa montanha de dinheiro, enquanto áreas vitais para os cidadãos, como Saúde, Saneamento Básico, Educação, Transporte, Mobilidade Urbana e Segurança, terão investimentos pequenos na cidade e em todos os demais municípios brasileiros.
Para os partidos, é mais importante garantir políticos nos postos de comando da Nação, a destinar recursos para políticas públicas sociais.
Legenda: Orçamento da cidade vira ‘troco’ comparado ao R$ 4,9 bilhões que podem ser gastos nas eleições
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