O ministro da Saúde protelou o quanto pode a decisão de vacinação para crianças de 5 a 11 anos demonstrado descompromisso com a saúde da população e ressaltando o seu comprometimento com as vontades do presidente da república. Para tanto, coloca em risco a saúde do povo brasileiro e nega seu juramento sagrado de médico em preservar vidas.
Apegado ao cargo faz politicagem protelando a imunização das crianças colocando-as em risco de contaminação. Sendo assim, ‘empurra com a barriga’ para o mês de janeiro a decisão inventando a necessidade de fazer uma consulta pública para vacinar as crianças quando, por óbvio, a maioria da população brasileira defende tal imunização. Além disso, inventa a necessidade da prescrição que foi rejeitada por cerca de 100 mil pessoas participantes da consulta pública, segundo a secretária responsável do Enfrentamento da COVI 19 do ministério da Saúde.
Na audiência pública, no último dia 4, os conselhos vinculados a Saúde foram unanimes em defesa da imunização das crianças e da rejeição da prescrição médica para essa vacinação. Nela se manifestaram os conselhos Nacional de Secretários de Saúde-CONASS, Secretários Municipais de Saúde-CONASEMS, Federal de Medicina-CFM e a Sociedade Brasileira Infectologia-SBI.
Tal proposta do Queiroga reduziria a capacidade do sistema de saúde de promover saúde. Esse não é o papel de um ministro da saúde de verdade. Queiroga prefere tentar agradar o chefe do executivo colocando em risco a saúde da população no geral, pois crianças não imunizadas transmitem o vírus para as pessoas de suas convivências. Talvez por isso se mantem no cargo, diferente dos últimos três ministros da saúde nesse governo.
Um bom exemplo de que a população deseja a imunização ocorreu quando um grupo antivacina é hostilizado por manifestação em posto de saúde no Rio de Janeiro no último dia 22. Os manifestantes colocaram faixa com informações falsas contra a efetividade dos imunizantes no bairro Barreto, em Copacabana com os seguintes dizeres: “As vacinas das mortes súbitas e das graves reações adversas” ilustrada com imagens de Fake News sobre a vacina. Depois de serem repudiados pela população do entorno os negacionista retiraram a faixa, conforme informa o colunista Chico Alves da UOL.
Aparentemente essas recentes ações do ministro da saúde nos leva a pensar que ele é uma peça no tabuleiro do jogo pelo poder de interesse do presidente da república.
Essio Minozzi Júnior é professor de Matemática e pedagogo. Pós-Graduado em Gestão Educacional – UNICAMP; Secretário da Educação de Mairiporã (1997-2000) e (2017-2018), Vereador de Mairiporã (2009-2020)