Os passageiros da Ponte Aérea Rio-São Paulo participaram, simultaneamente, na terça-feira (15), no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, e no Aeroporto Santos Dumont, na capital fluminense, de um teste para o embarque com o uso de reconhecimento facial, sem a necessidade de apresentar cartão de embarque e documento de identificação. A ligação aérea entre essas duas capitais é a quinta de maior movimento no mundo.
O projeto Embarque + Seguro 100% Digital, desenvolvido do Ministério da Infraestrutura, em parceria com o Serpro e a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, já foi testado nos aeroportos de Florianópolis, Salvador, Rio de Janeiro (Santos Dumont) e Belo Horizonte (Confins). Foi a primeira vez que os passageiros desse trecho testaram, ao mesmo tempo, o sistema de tecnologia de ponta a ponta.
Ao longo do dia, passageiros da Azul Linhas Aéreas que se deslocarem entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont foram convidados, no momento do check-in, a experimentar a tecnologia de reconhecimento biométrico facial para acessar as áreas de embarque e as aeronaves nos dois terminais. Quem concordou, recebeu uma mensagem no celular solicitando autorização para obtenção de seus dados, incluindo o CPF e uma foto.
Depois que o passageiro consentiu, o atendente da companhia aérea realizou a validação biométrica do passageiro utilizando o aplicativo do Serpro, que compara os dados e a foto tirada na hora com as informações armazenadas nas bases do governo. Após validado, o passageiro foi liberado para entrar na sala de embarque e no avião, passando pelos controles biométricos, feito por meio de câmeras. O passageiro não precisou mais apresentar documentos.
De acordo com informações do ministério, no projeto-piloto são medidos indicadores como redução no tempo em filas, no acesso à sala de embarque e à aeronave e custos de operação. O objetivo do governo federal é, após a aprovação do projeto-piloto, implantar a tecnologia, que torna processo de embarque mais eficiente, ágil e seguro nos principais aeroportos do país.
Segundo o Serpro, a ferramenta garante uma conferência precisa da identidade dos passageiros e atende à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e tem por premissa a segurança no tratamento dos dados pessoais contra uso indevido ou não autorizado. (Flávia Albuquerque/Agência Brasil – Foto: Tânia Rego/ABR)