Saúde presta um desserviço à cidade

Não é de hoje que à população de Mairiporã é impingida a falta de informações sobre o que é feito na Saúde do Município. O setor, certamente, classifica toda a sociedade como um conjunto de cidadãos de segunda classe.

Nestes tempos de pandemia, conseguir qualquer tipo de dado não só sobre a Covied-19, mas também dengue, febre amarela, etc e tal, é um verdadeiro parto. Ninguém informa nada, não se emite nenhum comunicado oficial, e o mesmo vale para campanhas de vacinação. Difícil, para não dizer impossível, se saber qual o montante do público-alvo a ser imunizado, as respectivas faixas etárias e quantas receberam as doses.

Essa prática não é exclusiva do novo coronavírus, mas também de toda e qualquer vacina, como poliomielite e gripe.

Chamar isso de absurdo é pouco. Fica-se com a impressão de que a Secretaria Municipal de Saúde é um mundo à parte, impenetrável, enigmático e com um modo de agir próprio, ou seja, sem o dever e a necessidade de dar satisfações a ninguém.

A área da Saúde em Mairiporã sempre foi e ainda é o calcanhar de Aquiles de toda e qualquer administração municipal. Acredito que o prefeito Aladim vai mudar esse quadro, e bem poderia começar mudando o modo de agir e porque não dizer, de ser, da Secretaria Municipal de Saúde.

A forma como age é, na acepção da palavra, um desserviço à comunidade e passa a impressão de que é soberana e inacessível.

Exemplo bem atual é a vacinação contra a Covid. Tudo funciona na base do ouvir dizer, de especulações nas redes sociais, mas falta clareza nisso tudo. Como disse anteriormente, nada é informado sobre as faixas etárias que serão imunizadas e menos ainda o total de vacinas que Mairiporã recebe semanalmente.

Se o prefeito prometeu, e eu acredito, que vai mudar a área da Saúde, repito, seria oportuno começar pela Secretaria Municipal.

 

Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988