2023 foi o ano mais quente da história

A Agência Espacial Europeia, através do Observatório Copernicus, divulgou no início desta semana que o ano de 2023 foi o mais quente da história, desde os primeiros registros, em 1850.

Diversas regiões do planeta experimentaram altas temperaturas, que se estenderam aos oceanos. O fenômeno climático El Niño, mesmo com as concentrações de gases de efeito estufa, contribuiu para a elevação das temperaturas. Em movimento oposto, o La Niña, entre 2020 e 2022, favoreceu o resfriamento.

De acordo com o Observatório, a temperatura média no ano passado, no mundo, foi de 14,98°C, superando em 0,17°C o recorde anterior, de 2016.

Esse cenário de 2023, segundo os cientistas, é assombroso e indicam que um fator crítico para os valores incomuns apresentados foram as altas temperaturas nos oceanos, consideradas sem precedentes. As médias globais da superfície do mar alcançaram valores recordes entre abril e dezembro, principalmente no Atlântico Norte.

Outro apontamento é que em 2023 houve redução do gelo marinho na Antártida, com extensões diárias e mensais de mínimos históricos em fevereiro. No Ártico, a concentração de gelo em março, período de pico do ano, se colocou entre as quatro mais baixas já registradas.

O relatório da Agência Europeia mostra ainda que o ano passado teve níveis recordes de concentração de gases de efeito estufa, com níveis de dióxido de carbono superiores aos de 2022. A concentração de metano, por seu turno, também aumentou. (Da Redação – Foto: Tomaz Silva/ABR)