Com pouca chuva, nível de água do Cantareira se mantém em estado de alerta

O PRINCIPAL reservatório de água que abastece a Região Metropolitana de São Paulo e parte do Interior do Estado, o Sistema Cantareira, entrou 2021 com percentual de nível de água armazenado em estado de alerta, ou seja, abaixo de 40%. O sistema, que abastece mais de 7,5 milhões de pessoas, encerrou 31 de dezembro de 2020 com 36,8% de seu volume operacional.

De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), se o volume armazenado oscilar entre 30 e 39%, como se encontra hoje, a faixa do sistema de alerta faz com que a captação de água baixe para 27 metros cúbicos por segundo. Entre 20 e 29%, a faixa é de restrição e a captação é de 23 metros cúbicos por segundo.

De acordo com o boletim diário divulgado pela Sabesp, a média pluviométrica (chuva) esperada para dezembro último foi superada, o que aliviou de certa forma o sistema. Para este mês de janeiro a média esperada é de 265,1 milímetros.

O abastecimento de água na Grande São Paulo continua a depender exclusivamente do Sistema Cantareira, o que significa buscar o produto cada vez mais longe.

Interligados – A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) diz que a Região Metropolitana é abastecida pelo sistema integrado, composto por sete mananciais e que esse sistema é flexível, permitindo transferências de água de forma rotineira entre os sistemas produtores para abastecer diferentes regiões. E, consequentemente, dando mais segurança ao abastecimento.

Segundo a empresa, isso é possível porque obras foram realizadas desde a crise hídrica de 2014, com destaque para a Interligação Jaguari-Atibainha (que traz água da bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira) e a entrada em operação do Sistema São Lourenço.

Legenda:

Interligação Jaguari-Atibainha, que conectou duas bacias hidrográficas distintas, inaugurada em 2018

Crédito:

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