FRASE
“Um cínico é um homem que sabe o preço de tudo, mas o valor de nada.” (Oscar Wilde, escritor, poeta e dramaturgo britânico)
DECISIVOS
Há um embate no ar, não é de hoje, entre a Prefeitura de Mairiporã e representantes do comércio. Os próximos 5 dias serão decisivos para uma definição sobre a flexibilização ou não quanto à abertura das lojas e o atendimento ao público. Deve prevalecer o bom senso, mas é imprescindível que o Executivo mairiporanense entenda a situação dos setores importantes da eocnomia local. Sem funcionar desde 23 de março, praticamente um mês, lojistas estão próximos de quebrar e os funcionários mais próximos ainda do desemprego. A situação não é diferente no restante do Estado e no Brasil.
SEM INSPIRAÇÃO
A tentativa do prefeito Aiacyda em reajustar os próprios salários, ainda que o repasse inflacionário seja legal, foi de uma imoralidade absurda. Causou mal estar geral nas famílias de bem da cidade. Deveria ter se inspirado em centenas de prefeitos espalhados pelo Brasil, que cortaram seus salários (há casos de 20%, 30% e até mesmo 50%, como é o caso da cidade de Lençóis Paulista), além de secretários e outros integrantes de primeiro escalão. Também poderia, embora seu ego não permita, ter se espelhado no seu antecessor, Márcio Pampuri, que cortou 30% de seu salário e também dos secretários, durante a crise econômica de 2016.
COMISSIONADOS
Em São Bernardo do Campo o prefeito foi mais longe. Além de cortar os vencimentos próprios e dos secretários, também reduziu os ganhos daqueles que estão confortavelmente instalados em cargos de comissão. Neste caso, em particular, Aiacyda não só não reduziu, como deu mais 4% de aumento. Essa é a diferença entre um gestor e um político.
SEM PRIORIDADES
Aiacyda está longe de ser um gestor. É um político que está prefeito e cujo gosto pelo poder o faz pretender mais um mandato, mesmo que já esteja em idade provecta, ou seja, tem mais de 70 anos. A cidade não precisa de mais do mesmo. Três mandatos foram suficientes para se saber do que ele é capaz como político investido na função de administrador. Sua visão global é estreita e a cidade pouco ou nada avançou durante seus doze anos à frente do Palácio Tibiriçá. Saúde, Educação, Saneamento Básico, Mobilidade Urbana, Emprego e Renda e Segurança são setores que o chefe do Executivo não elegeu como prioridades. Longe disso. Prioridade é pavimento com asfalto ou concreto e ‘torrar’ o dinheiro público com centenas de cabos eleitorais, apadrinhados e correligionários em cargos comissionados na Prefeitura.
PRIVILÉGIOS
Enquantos milhares de trabalhadores são demitidos e o futuro que se vislumbra é o fechamento de muitos estabelecimentos, o prefeito e os vereadores continuam recebendo seus vencimentos religiosamente. No caso dos edis a coisa é ainda pior, pois não trabalham. Também deputados estaduais e federais e senadores, seguem recebendo os subsídios religiosamente, mas neste caso, ainda realizam sessões online. Num País de miseráveis, os que deveriam minorar os problemas são aqueles cujos privilégios são mantidos intactos.
SEM EXPEDIENTE
Os nossos intrépidos vereadores continuam no descanso. Não há nenhuma sessão programada para os próximos dias. Em março foram 3 e em abril apenas uma. E que uma! Mas ganham como se tivessem se reunido todas as semanas. Não é sem motivo que centenas de candidatos vão estar na disputa eleitoral deste ano. A boquinha não é nem boa, é ótima.
PÉ DE IGUALDADE
De certa forma, não só o fim das coligações partidárias vai reduzir a distância entre os políticos ‘caciques’ e os marinheiros de primeira viagem. A pandemia pôs fim às doações de campanha e com a quebradeira geral, candidato vai ter que meter a mão no próprio bolso. Aí é ver quem está disposto a torrar o próprio dinheiro sem ter a certeza de se eleger.
FILIADOS
Na quarta-feira desta semana terminou o prazo para os partidos entregarem à Justiça Eleitoral a listagem de filiados. Agora o Tribunal Regional Eleitoral fará a conferência e verificar se há duplicidade de filiações, ou seja, uma mesma pessoa com registro em dois partidos.
QUEBRADEIRA (I)
As pequenas empresas (lojas de roupa, de calçados, agências de viagem e outras do varejo) são as mais afetadas pela quarentena imposta pelos governos estadual e municipal. A vulnerabilidade em Mairiporã dos pequenos negócios, que é a maioria, vai levar à quebradeira e ao desemprego. A redução no faturamento é o resultado da restrição e diminuição no trânsito de pessoas. Sem consumo não há como evitar a falência.
QUEBRADEIRA (II)
Se os prefeitos acreditam que não serão atingidos pela crise do Covide-19, podem se preparar para dias difíceis. O povo, sem dinheiro, não vai pagar tributos, assim como as empresas. A falta de bom senso de muitos alcaides, como já foi dito aqui, levou-os a se transformar em ‘caixa de ressonância’ das bobagens perpetradas pelo governador João Dória. O custo não vai ser só financeiro, mas também político.
NEUROSE
O coronavírus, que foi superdimensinado por alguns órgãos de imprensa, causou um impacto tão negativo, tão absurdo, verdadeira neurose coletiva, que no Brasil ninguém mais morre de infarto, câncer, acidente de carro, bala perdida, dengue ou de outros males. Todos morrem de Covid-19. Só num País de incautos e ignorantes prospera esse tipo de situação.