Veículo usado deve ter maior espaço no mercado na pós-pandemia

A VENDA de veículos novos foi um dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Os números também são negativos na produção. Segundo a Anfavea (Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores), a capacidade das monadoras é de produzir 5 milhões de veículos por ano. Até o final de 2020, no entanto, a estimativa é que não passará de 1,5 milhão.
Em janeiro a indústria automobilística já projetava 3,16 milhões, porém com a pandemia esse volume cai a menos da metade.
Os desafios pós-Covid 19 vão ser grandes e outro problema tira o sono do setor: o comportamento do consumidor no futuro, que tende a optar pela compra de veículos usados ou modelos mais baratos.
Durante a semana, ao participar de uma live, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Carlos de Moraes, destacou que a palavra de ordem é planejamento, para que a indústria sobreviva diante da queda de receita. “O momento é de redefinir as prioridades, de revisar o cronograma de investimentos”, enfatizou.
Usado – O consumidor está buscando veículos mais baratos ou usados e seminovos, pois primeiro está pensando no bolso. Mesmo assim, a volta às compras é lenta.
A expectativa é que no Brasil existam duas ondas (usados e seminovos), e isso não reflete na produção, pois são carros que já estão no mercado. E a tendência de alta no número de ofertas vai possibilitar que a venda desses dois segmentos tenha um volume considerável
O estoque da indústria automotiva hoje é de 64,2 mil veículos nas fábricas. Os dados são da Anfavea e se referem a maio último, já considerando os 31 dias de vendas. Nas concessionárias são 135,9 mil unidades.