Recursos sumiram, a Covid não!

A falta de recursos de instâncias superiores, neste momento mais crítico da pandemia, tem sido um tormento para o governo municipal e, consequentemente, para a população.

Dados do Painel da Covid, no site do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, mostram que este ano, computando-se janeiro e fevereiro, o Governo Federal não repassou nenhum centavo a Mairiporã para aplicação no enfrentamento ao coronavírus. No mesmo período, o Governo do Estado liberou R$ 1,31 milhão. Em todo o ano passado (doze meses), os repasses somaram R$ 3,30 milhões (governo de São Paulo) e R$ 20,78 milhões da União.

Essa desidratação nos recursos, além de significativa, é preocupante quaisquer que sejam as circunstâncias, principalmente neste momento em que a cidade enfrenta o recrudescimento da pandemia, com expressivos aumentos no número de mortes e casos confirmados. Não fosse a pronta intervenção do prefeito Aladim, que prometeu mudanças profundas na Saúde do município, em assumir a maior parte dos gastos do Hospital de Campanha Anjo Gabriel, através de malabarismos financeiros, e a cidade não teria nem mesmo onde atender seus enfermos.

Mesmo que a Prefeitura tenha um pequeno lastro financeiro, por conta da boa arrecadação com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), fruto da confiança que o novo governo passa à população, e também o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), e o quadro seria ainda mais dramático. E esse quadro enseja mobilização para convencer o Governo Federal da importância de se liberar o quanto antes recursos que possam minimizar os problemas.

Se não tem conhecimento dessa torneira fechada, o presidente Jair Bolsonaro precisa ser alertado para a situação e que imediatamente restabeleça o fluxo, neste momento em que o número de contaminados só faz crescer. Também é chegada a hora do prefeito cobrar alguns deputados, que de Mairiporã levaram boa quantidade de votos, para que Mairiporã possa respirar e dar atendimento digno aos seus doentes.