Reconstruir a Saúde

Fui vereador e presidente da Câmara numa época em que o subsídio era irrisório e não estava entre as prioridades de quem tinha assento no Legislativo. Os propósitos eram outros. Reeleição era apenas mera consequência do trabalho realizado.

O tempo passou, as coisas mudaram, a tecnologia chegou à vida de todo mundo, porém alguns setores da administração pública não evoluíram como se esperava. E cabe aqui enfatizar que por culpa exclusiva não só dos vereadores, mas principalmente dos prefeitos.

O mais importante, a meu ver, é a área da Saúde. Desde 1988, quando deixei a Câmara, nada evoluiu. O atendimento hospitalar, por exemplo, piorou com o passar dos anos e temos uma instituição com as mesmas características físicas dos idos de 1940, no século passado, quando foi construída. Uma lástima, um desrespeito com a população.

A expectativa da maioria dos eleitores que foi às urnas é que o novo prefeito reconstrua a Saúde no município. Que coloque para funcionar definitivamente o Hospital Anjo Gabriel, que para lá leve todo o atendimento à população carente e que traga de volta a maternidade. O prefeito que está de saída, e já vai tarde, simplesmente obrigou as famílias de Mairiporã a terem seus filhos fora do município.

A cidade tem mais de 100 mil habitantes e não pode seguir com um hospital acanhado, de estrutura antiga, que era apenas suficiente para a população que Mairiporã possuía há 70 anos.

Acredito que o novo prefeito tem todas as condições de manter aberto o Anjo Gabriel, como também melhorar o nível de atendimento não só hospitalar, mas também nos postos de saúde.

O senhor Antônio Aiacyda, que sai no final de dezembro, passou 12 anos no comando da cidade e ignorou por completo a Saúde. A conta chegou no dia 15 de novembro e ele pagou com um futuro político que não tem mais.

 

Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988