Gripe relâmpago

Fiquei gripado de uma hora para outra. Digo isso sem exagero, foi literalmente assim. Em um segundo estava bem, fazendo as coisas que devia fazer, e poucos minutos depois estava espirrando, assoando o nariz e sentindo dores pelo corpo.
A chegada dessa gripe relâmpago não foi nem um pouco surpreendente. Afinal, todo mundo conhece alguém que ficou adoentado nas últimas semanas. Isso, se a pessoa não foi, ela mesma, a atingida. Contudo, foi de uma inconveniência que me deixou totalmente irritado, não pelos sintomas, e sim pelo momento.
Explico: tinha chegado ao trabalho há poucos minutos, o que significava que o dia ainda ia demorar muitas horas para acabar. Ainda, estava a poucos dias de viajar e o medo que a doença persistisse era grande. O que me passava pela cabeça era: “Você não podia ter chegado algumas semanas antes, assim como chegou para a maioria das pessoas? Por que eu, logo eu, havia de ser o último, enquanto todo mundo já estava melhorando?”.
Não podemos negar que ninguém gosta de ficar gripado, mas se for para ser, é melhor que seja antes da maioria. Momentos depois, quando outros afetados relatarem suas histórias, pelo menos você sentirá o alívio de já ter passado pela situação, e se recuperado. Chegando em casa, tomei uma quantidade de remédios saudável visando a frear o avanço da doença e torci para que o sistema imunológico reagisse rápido.
Não sei se foi a força causada pela minha indignação de ficar doente de forma tão despropositada, mas assim como veio, a gripe relâmpago foi embora, deixando apenas alguns rastros de narizes entupidos e tosses momentâneas.