Expectativa de vida x saúde velha

Reportagem veiculada nesta edição revela que Mairiporã continua avançando na expectativa de vida ao nascer de seus habitantes. Esse indicador evolui de diferentes formas na qualidade de vida, apesar dos problemas sociais e estruturais quase que perenes que a cidade tem, por absoluta incapacidade ou falta de vontade dos prefeitos ao longo dos últimos 30 anos.
Além da parte da União, com suas malucas equações econômicas, o município de Mairiporã sempre deu sua colaboração para investir cada vez menos em campos vitais, como a Saúde, apenas para ficarmos nesse exemplo.
A Saúde em nossa cidade nem é mais caso de polícia. É caso para todas as forças militares, tamanha a crueldade cometida contra aqueles que não possuem condições financeiras para buscar amparo em hospitais particulares ou manter planos de saúde. Soa ainda mais cruel pensar que a expectativa de vida aumenta, enquanto a oferta de saúde diminui.
Li recentemente um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde, que investir na população naquilo que lhe é mais caro, ou seja, justamente a saúde, deveria ser preocupação única dos governantes. Quem acompanha ou acompanhou as administrações municipais em Mairiporã sabe perfeitamente que investir nessa área foi exatamente o que não se fez.
Não ofertar recursos a esse serviço público essencial representa estancar avanços significativos que o extrato mais pobre da população espera.
Nem vou mais bater na tecla de que Mairiporã tem um hospital novo, amplo, moderno, com tempo de vida útil para mais de 30 anos, fechado e entregue às traças. O prefeito Antônio Aiacyda é o único que não enxerga isso. Ou melhor, finge não enxergar. Manter aquilo fechado dá menos trabalho.
Enquanto a população envelhece, a saúde de Mairiporã vai pelo mesmo caminho.