Em dez anos frota de veículos cresce 153,6% em Mairiporã e ‘trava’ o trânsito

A CIDADE registrou em fevereiro último um total de 49.778 veículos que circulam pelas ruas. Na comparação com fevereiro de 2007, a frota teve um aumento de 153,6%, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), cujos dados levam em conta carros, motocicletas, caminhonetes, caminhões e ônibus com registro na cidade.
O problema com o trânsito em Mairiporã não é novo e a cada governo que assume parece insolúvel. As dificuldades atingem todas as ruas centrais (Mairiporã e Terra Preta), especialmente nos horários de pico, quando o movimento ‘trava’ o tráfego e cria uma série de problemas aos motoristas.
As ruas XV de Novembro, Cel. Fagundes e Dom José Maurício da Rocha, mais a avenida Tabelião Passarella, são as únicas alternativas oferecidas, e não há qualquer outra para se chegar ou sair da cidade.
A população e principalmente os profissionais que trabalham com veículos, como os taxistas, cobram da Prefeitura uma solução para tirar do centro da cidade os caminhões oriundo de outras localidades, que se utilizam das poucas vias do centro para chegar à rodovia Fernão Dias.
“O número de veículos que passa pelo centro, diariamente, e que não é de Mairiporã, torna o trânsito um inferno e uma distância que seria percorrida em 10 minutos, leva quase meia hora. As autoridades precisam buscar saídas para desafogar o fluxo e devolver aos moradores da cidade a tranquilidade que perderam”, disse Rogério Rodrigues Mendes, que é vendedor e usa o carro diariamente.
Opinião parecida tem os taxistas, que são unânimes em afirmar que Mairiporã é uma cidade antiga e que não estava preparada para o aumento verificado na sua frota nos últimos anos. Para eles, os veículos são muitos e a estrutura para recebê-los é insuficiente.
Morador na periferia, Jorge Gomes Martins disse que diariamente tem que atravessar a cidade, pois trabalha na região de Franco da Rocha e mora no bairro do Rio Acima. “Infelizmente pego o trânsito engarrafado, todos os dias, sem contar o desrespeito com que convivemos diante do excesso de veículos”, assinalou.
Prefeitura – Responsável pelo trânsito interno, a Prefeitura mantém o discurso de anos, de que existem estudos e ações que vão solucionar os problemas. Não há nada nesse sentido.
No governo anterior chegou-se a contratar uma empresa especializada em mobilidade urbana que fez algumas reuniões e depois desapareceu.
As intervenções a serem feitas demandam projetos de engenharia complexos, sobre os quais estudos devem ser feitos para pelo menos minimizar o caos provocado pelo tráfego de veículos.