Comerciantes e setor de Serviços repudiam estabelecimentos fechados

DIA DAS MÃES SERÁ AFETADO

COMERCIANTES e empresários do setor de Serviços não receberam bem a informação de que a quarentena vai prosseguir até 10 de maio, por determinação do governador João Dória. Os dois segmentos, assim como a população de Mairiporã, especialmente os trabalhadores, repudiam essa situação.

Se o isolamento é apontado por especialistas como a principal ferramenta no combate ao coronavírus (covid-19), o que implica que os comércios e serviços permanecem com as portas fechadas, as críticas contra o radicalismo do Estado são no sentido de que a decisão de proibir o funcionamento do comércio e outros estabelecimentos não considerou as características de cada município e região, sem indicar soluções efetivas para mitigar os impactos destas medidas na vida da população, das empresas e de seus trabalhadores e sem indicar perspectivas para que o setor econômico possa se planejar.
Os dois segmentos em Mairiporã entendem que não há conflito entre a defesa da vida e a defesa da economia, uma vez que ambas as linhas estão amplamente ligadas uma a outra. “É com os recursos do setor produtivo, na forma de produtos, salários e impostos, que o Estado terá condições de cuidar de pessoas”, enfatizaram lojistas à reportagem.

E foram além: “Se o Brasil não aguenta uma paralisação prolongada, e isso é fato, o município de Mairiporã muito menos. Suspender as atividades empresariais até 10 de maio é agravar ainda mais a situação do comércio varejista que, em sua maioria, é composto de micros e pequenos lojistas, um dos setores mais atingidos por essa crise. A situação é desesperadora e traz o temor de uma onda de fechamento de empresas e de demissões em massa.”

Na conversa com comerciantes, lojistas e empresários, o principal temor neste momento é sobre o impacto da quarentena nas vendas de Dia das Mães, segunda data mais importante do ano para o comércio – perde apenas para o Natal.

Igrejas – Não só o comércio e o setor de Serviços, mas também outros afetados pela quarentena, como construção civil, indústria e até as igrejas, também pedem a volta à normalidade.

Líderes religiosos também reivindicam a liberação para a realização de cultos, proibidos por haver aglomeração de pessoas.