COLUNA DO CORREIO
FRASE
“O otimista é um tolo, o pessimista um chato; bom mesmo é ser um realista esperançoso.” (Ariano Suassuna, dramaturgo, romancista e poeta brasileiro)
SEMOFOROS
Os testes realizados anteontem com semáforos em duas avenidas no centro da cidade se transformaram em pesadelo. Motoristas endereçaram palavrões ao prefeito, a maioria impublicável. Atravessar a Tabelião foi uma aventura e os mais sortudos conseguiram percorrer o trajeto em 12 minutos. A fila que se formou foi de quilômetros. Gaiato, nosso empedernido guru, perguntou se o prefeito foi fazer o teste? Ao que se sabe, ninguém o viu por lá.
CÓDIGO
Finalmente a Prefeitura, depois de longo e tenebroso inverno, decidiu que vai revisar e atualizar o Código Tributário do Município. Que assim seja. Processo licitatório, segundo publicado na Imprensa Oficial, vai escolher empresa especializada no assunto. Espera-se, em se tratando do governo Aiacyda, é que uma vez encerrada a revisão o estudo não seja depositado em alguma gaveta do Palácio Tibiriçá, como ocorreu com três ou quatro Planos de Cargos, Carreira e Salários dos servidores. Eles também foram concebidos por empresas especializadas e o funcionalismo até hoje não tem diretrizes para a carreira e se aposentam com salário de fome.
PREVIDÊNCIA
O governo municipal precisa estar atento a uma tendência que está chegando a dezenas de municípios. Ministério Público e Tribunal de Contas estão cobrando das administrações que acabem com seus institutos de previdência. Certamente não é o caso de Mairiporã, mas prevenção e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
DOIS ANOS
Metade do mandato já foi. Com foco quase que exclusivamente na concretagem de ruas, o prefeito parece ter abdicado, como fez nas duas gestões anteriores, dos temas que mais interessam à população: saúde, segurança, saneamento básico, mobilidade urbana e políticas de incentivo a geração de emprego. Nenhuma dessas questões mereceram a atenção do burgomestre nos dois primeiros anos.
BATENTE
Vereadores retornam às sessões na terça-feira, a primeira sob o comando e controle, segundo dizem, da oposição. Em plenário, ainda de acordo com informações de bastidores, são sete os que deixaram de rezar na cartilha do burgomestre e que a cidade torce para que seja verdade. Não se sabe se os outros seis continuam fieis ao prefeito, ou se há os independentes. Dentre os que invariavelmente frequentam o gabinete do alcaide estão três adesistas de primeira hora.
RELACIONAMENTO
Com uma oposição nunca antes experimentada, é de se acompanhar atentamente como será o relacionamento entre Executivo e Legislativo. Se os vereadores oposicionistas não roerem a corda, como já fizeram em outras oportunidades, há esperança de que o modo de governar do prefeito mude. Ainda que pouco, mas mude. Por enquanto ele surfa tranquilo no comando do Palácio Tibiriçá. Também vai depender desses vereadores se haverá ou não clima para que Aiacyda tente a reeleição em 2020, ou lance o filho, cujo desempenho na pasta de Obras não rendeu boas avaliações em vários segmentos da sociedade, nem entre seus colegas de primeiro escalão e da própria Câmara.
NOVO NINHO
Nos bastidores é dada como certa a degola do prefeito do comando do PSDB. Sua performance no pleito eleitoral do ano passado, considerada catastrófica, é vista na regional do partido como traição. Assim sendo, outros tucanos querem formar um novo ninho, com novo comando.
CALENDÁRIO
Prefeito e vereadores trabalham com calendário de apenas 14 meses para o fim do mandato. São os 10 meses deste ano, e os quatro primeiros meses de 2020. É que, após esta data, os gestores sofrem restrições em ações, contratos e gastos em razão da eleição. Assim, o que tiver de sair do papel terá de ser feito nesse período.
APOSENTADORIA
Os cinco vereadores derrotados nas eleições de 2016 tem dois caminhos a seguir, embora apenas um deles seja o mais sensato: engrossar o time de parlamentares aposentados. Pode ser que um ou dois se submetam às urnas ano que vem, mas a possibilidade de sucesso é quase nula. Outros que enveredaram por esse caminho não prosperaram.
NOVO LAR
Vereadores e futuros candidatos de partidos nanicos atingidos pela cláusula de barreira já podem se dedicar, neste ano pré-eleitoral, a buscar um novo lar, ou seja, um partido que reúna condições de eleger representantes em 2020, pois aquela bandalheira de coligação acabou. Quem der atenção ao problema com antecedência pode evitar as correrias de última hora, que geralmente deixam muita gente fora da disputa.
RECADO
Vai para a maioria de brasileiros, no caso mairiporanenses, acostumada a deixar tudo para a última hora: melhor se organizar e rapidamente efetuar o cadastramento biométrico, que começa no dia 4 deste mês. Quem não atender o chamado vai perder o título de eleitor.
CLÍNICA
A Prefeitura realiza no dia 13 de fevereiro, licitação para escolher clínica especializada na prestação de serviço de internação para tratamento de dependência química e suas comorbidades, e atendimento a pacientes com transtorno metal grave. Louvável. A expectativa é que seja escolhida uma empresa séria, pois Mairiporã já conviveu com dezenas de entidades picaretas e que só levaram o dinheiro público.
