Câncer infantil tem cura em 80% dos casos

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 8.460 novos casos de câncer infantil devem ser confirmados anualmente entre 2020 e 2022 no Brasil. De acordo com a estimativa divulgada no último dia 15, Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil, desse total, 4.310 serão registrados em meninos, enquanto 4.150 pacientes deverão ser do sexo feminino. No mundo, dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer estimam que 215 mil novos casos por ano são diagnosticados em crianças menores de 15 anos e cerca de 85 mil em adolescentes entre 15 e 19 anos. A boa notícia é que, caso seja diagnosticado precocemente, o câncer infantil tem taxas de cura de até 80%.

Especialistas ressaltam que o câncer infantil constitui hoje um problema de saúde pública, porque é a principal causa de morte em crianças e todos os cuidados devem ser tomados, pois trata-se de uma doença curável. E salientam que além da cura, a intenção é que as crianças tenham uma qualidade de vida boa.

Queixa – O diagnóstico precoce é fundamental para que se consiga combater o câncer em tempo hábil. O grande problema é que, muitas vezes, os sinais e sintomas do câncer são muito similares aos de outras doenças comuns nas crianças. Isso pode levar o profissional de saúde a não suspeitar da doença na primeira consulta. Por essa razão, algumas vezes, crianças chegam com a doença um pouco avançada, dizem os médicos. Por isso, é recomendável que se uma criança vai ser atendida três vezes com a mesma queixa, é importante avaliar a possibilidade de ser alguma coisa séria.

Os pais tem que levar em consideração qualquer queixa que a criança apresente, pois ela não inventa sintomas. Se disser que não está bem é porque não está mesmo. Também o pediatra e demais profissionais de saúde devem acompanhar a criança regularmente, principalmente se ela apresentar uma queixa persistente. O tratamento dura entre seis meses e um ano.

Comuns – Os tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas, mas há vários outros tumores que ocorrem em crianças, mas são diferentes dos tumores que acontecem com adultos, que são relacionados com células mais amadurecidas. São carcinomas, muitas vezes. “As crianças têm tumores com células muito primitivas. São chamados, muitas vezes, tumores embrionários e têm alta taxa de proliferação celular mas que, também, por essa razão, respondem muito bem à quimioterapia e o resultado de cura em crianças é muito alto”, dizem os especialistas.

Sintomas – Oncologistas afirmam que a melhor forma de atuar sobre os tumores nas crianças é por meio do seu diagnóstico precoce, quando a doença ainda está em seus estágios iniciais, assim há maior chance de sucesso no tratamento, muitas vezes menos agressivo, com um melhor prognóstico para a criança e com menor risco de efeitos colaterais.

Enfatizam que os principais sinais e sintomas são febre, dores pelo corpo, aumento de linfonodos localizados ou generalizados, dores ósseas, manifestações hematológicas como pequenos sangramentos embaixo da pele ou espontâneos, palidez, alterações oculares, neurológicas e o aparecimento das massas palpáveis em qualquer segmento corporal.