100 dias

A expectativa que se criou a partir da eleição do prefeito Aladim se estendeu até o seu ingresso no Palácio Tibiriçá. A velha política reinante na cidade chegou ao fim, os velhos caciques ou foram aposentados ou partiram em viagem sem volta, enfim, espaço aberto para novas lideranças, cujo olhar parece estar fixado no presente e no futuro.

Mairiporã teve o mesmo tipo de administração durante décadas, com políticos a comandá-la, em detrimento de gestores. Isso contribuiu para o agravamento dos problemas, penalizou o desenvolvimento e deixou a economia patinando, com o fechamento de empresas (antes mesmo da pandemia) e desemprego.

Aladim chegou agora aos 100 dias de administração e as mudanças não foram poucas. Podem ser insuficientes, pois nem teve tempo ainda de se debruçar sobre questões importantes, pois a pandemia é agora mais letal que a experimentada no ano passado.

De todo modo, sua avaliação, em levantamento feito por este jornal, foi das mais positivas, com 58% de bom e ótimo, percentual que poucos administradores conseguem em tão pouco tempo.

Desde que ocupou a cadeira de chefe do Executivo, Aladim tem demonstrado conhecimento sobre a cidade, quais as prioridades e, principalmente, tem vontade política de solucionar tudo aquilo que foi colocado para debaixo do tapete. Mais, não tem apego à cadeira, e por isso mesmo corre atrás de recursos de outras esferas, pois sabe que o orçamento que lhe foi deixado é insuficiente para fazer frente àquilo que o município precisa.

Não foi surpresa a sua boa avaliação nestes primeiros 100 dias, e a sua determinação em pegar a ‘saúde de jeito’, um ponto destacado pelos entrevistados. O fato da Prefeitura estar bancando mais da metade dos custos do Hospital Anjo Gabriel, foi enaltecido como um fator de comprometimento com a população.

Essa pequena mostra de 100 dias deve se estender pelo restante do mandato. E é nisso que todos os segmentos da sociedade acreditam e esperam, pelo bem de Mairiporã.