100 anos da primeira obra de Agatha Christie, a dama do crime

Aos 30 anos de idade, em 1920, Agatha Christie fazia sua estreia no mundo editorial com o livro O Misterioso Caso de Styles. A chamada rainha do crime escreveu dezenas de outros romances policiais e ficou consagrada como uma das escritoras mais célebres do gênero. Seus romances vendem mais do que a Bíblia e permanecem cativantes ao público, mesmo um século depois da primeira publicação.

Nascida em Torquay, cidade ao sul da Inglaterra, em 15 de setembro de 1890, a escritora tornou-se conhecida mundialmente não apenas pelos engenhosos enredos, mas principalmente pelos expedientes que utilizava para traçar figuras que iam das caricatas às mais complexas.

Em seu primeiro livro, recusado previamente por seis editoras incapazes de vislumbrar o retumbante sucesso que lhes fugiu das mãos, Agatha apresenta ao leitor dois personagens que atravessarão toda sua obra e farão parte do imaginário popular: o detetive belga Hercule Poirot e seu auxiliar, o capitão Arthur Hastings.

Além dos personagens bem construídos, o romance do caso de Styles vem recheado de outras marcas registradas da ficção da autora: mistério cuja resolução sempre vai muito além da expectativa do leitor. Raros são os que acertam quem é, de fato, o assassino nas histórias.

O detetive Hercule Poirot, protagonista na maioria dos livros da autora, encerrou a carreira com sua morte, aos 85 anos, em 12 de janeiro de 1976. Foi no livro “Cai o Pano”, última aventura dele, quando retornar ao cenário de seu primeiro caso, a Mansão Styles, onde morre. Agatha justificou a sua morte pela determinação em impedir que dessem sequência apócrifa e não-autorizada a suas aventuras após sua própria morte.

O falecimento de Hercule Poirot em 1975, chegou a ganhar um obituário, na época, na capa do jornal The New York Times, com direito a foto do morto ilustre. (Foto: Ulton Archive)